Enviada em: 24/03/2018

Um dos maiores problemas presentes na sociedade brasileira é o número de usuários de drogas, principalmente dos de crack – que vêm crescendo exponencialmente. O crack acompanhou a urbanização do Brasil, espalhando-se por todas as regiões e se tornando um assunto cada vez mais delicado de ser tratado.                 Tendo em vista o problema, cotidianamente exposto nas ruas, a sociedade apresenta maneiras de lidar com o vício através da desumanização dos seus usuários. Considerados algo que deve ser limpado ou eliminado, estão aquém de receberem o tratamento adequado.                  Projetos de lei, como o de Marco Feliciano, pretendem resolver por meio da internação involuntária dos dependentes. Tal solução não impede que novos usuários apareçam, além de que acarreta atos violentos, uma vez que metade das mortes entre pessoas viciadas são por conflitos com policiais ou traficantes, de acordo com dados da Unifesp. Alternativas como essas preveem punição em vez de melhora de vida.                Sem dúvida, os principais atuantes na causa contra o crack devem ser os familiares ou conhecidos de uma pessoa usuária. São eles os capazes de conscientizar a população mediante as redes sociais, por exemplo. Contando sobre a realidade dos usuários, até mesmo como forma de prevenção, e vindo a público para exigir do Estado uma melhor abordagem de assistência aos dependentes, além de clínicas gratuitas para reabilitação, garante uma perspectiva de melhora para o futuro.                  Dessa forma, é fundamental o apoio familiar aos dependentes, ainda que os efeitos da droga não colaborem para tal. Uma família disposta a ajudar o usuário é a única cura capaz de livrá-lo do jugo que a própria sociedade os coloca.