Enviada em: 01/11/2018

Perigo Virtual A pedofilia é uma forma doentia de satisfação sexual, na qual um indivíduo possui desejo por crianças. O Estatuto da Criança e do Adolescente, nos artigos 240 e 241, define crime o aliciamento, a posse e a distribuição de material pornográfico envolvendo crianças. Além disso, o dia 18 de Maio foi definido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Infantil, em memória de Araceli, vítima de estupro seguido de morte. É importante ressaltar a facilidade que a inclusão digital deu para que crimes de pedofilia originados pela internet acontecessem. As vítimas, em geral, são meninas  de idade entre 8 e 13 anos, estas já possuindo uma capacidade de uso da rede. Os predadores virtuais possuem fácil acesso às vítimas menores de idade, aproximando-se às vezes por meio de perfis falsos e aproveitando da ingenuidade das crianças. Isso se torna um perigo ainda maior quando não ocorre monitoramento por parte dos pais em relação ao que os filhos acessam ou com quem falam. Em segundo lugar, a facilidade de acesso dos pedófilos à conteúdo pornográfico pela rede permite também a difusão de conteúdo de cunho duvidoso. Não é de se espantar a quantidade de material feito com mulheres adultas infantilizadas, reforçando, dessa forma, um fetiche em relação a crianças. É perpetuado mesmo através da música, por meio da imagem da "novinha", que seria uma garota nova e por possuir corpo desenvolvido estaria apta à sexualização. Essa cultura já pode ser lida como pedofilia, mesmo que não haja de fato o aliciamento de menores. Dado aos fatos apresentados, é necessário que haja uma ação conjunta dos órgãos públicos e também meios sociais para que a pedofilia na internet seja combatida. Primeiramente, a Polícia Federal, responsável pela segurança na internet, deve trabalhar na criação de novas medidas e o reforço das existentes, como canais rápidos de denúncia e o monitoramento do conteúdo online, para que se possibilite uma fácil identificação de suspeitos. Em seguida, cabe ao Ministério da Educação a elaboração de cartilhas para que as crianças saibam identificar e comunicar aos responsáveis as situações de perigo. Por último, é de grande importância que a família acompanhe as atividades dos menores na internet, pois somente adultos possuem o discernimento necessário para reconhecer pessoas más intencionadas.