Enviada em: 02/11/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos,promulgada em 1948 pela ONU,assegura a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social.No entanto,as crianças não experimentam esse direito na prática,uma vez que elas estão expostas a crimes de pedofilia na internet.Nesse contexto,cabe analisar como a omissão familiar e a negligência do Estado impulsionam tal problemática.  Em primeiro plano,é dever da família cuidar do processo de desenvolvimento da criança e do adolescente.Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman,a fluidez das relações sociais e o individualismo são características da "Modernidade Líquida".Partindo dessa verdade,o distanciamento e a falta de diálogo da família com a criança sobre os perigos da internet,abre caminho para que pedófilos se aproximem das mesmas e cometam abusos  sexuais e psicológicos.Com efeito,as crianças ficam expostas a crimes hediondos que ferem sua integridade.   Outrossim,o Estado não cumpre o papel de proteger integralmente a segurança desses cidadãos.De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2017,o Brasil teve um aumento de 83% de denúncias de violências sexuais contra crianças e adolescentes.Assim,nota-se a falta de políticas públicas de prevenção a casos de abusos no âmbito social,visto que a lei considerando a pedofilia um crime não é suficiente para mitigar o problema.Por conseguinte,a impunidade se instaura e os direitos constitucionais são violados.    Torna-se evidente,portanto,que há entraves para a solidificação de um corpo social harmônico.Logo,cabe ao Ministério da Educação,em parceria com as escolas,por intermédio de psicólogos e psiquiatras,promover palestras educativas  sobre os riscos da internet e salientar o perfil de um pedófilo,com o fito de orientar as crianças a denunciar qualquer tipo de violência.Ademais,o Poder Público,por meio dos Três Poderes,deve fiscalizar através de agentes específicos a identificação de abusadores na internet e puni-los,a fim de preservar a integridade dos mais vulneráveis.