Enviada em: 02/11/2018

Dentro do inocente conto infantil da Rapunzel existe uma dramática trama de abuso e privações sofridas pela personagem. Fora da ficção, várias crianças têm sofri-dos abusos na internet. Uma vez que houve grandes avanços tecnológicos, essa reali-dade passou a acontecer dentro da internet. Por consequente, não só da imprudência dos familiares, mas também a ineficácia do Estado.        A tecnologia hoje se transformou em uma ferramenta de entretenimento. O levantamento indica que 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos utiliza a rede, segundo o levantamento da pesquisa TIC Kids. Entretanto as crianças desta faixa etária são as mais atacadas pelo pedófilos cibernéticos. Dentro o perfil da vítima, 60% das delas estão entre 7 a 13 anos, de acordo com 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP. Esse fato se deve à falta de controle dos responsáveis sobre os acessos da crian-ça na internet, ao despreparo na identificação dos sinais de abusos e o pouquíssimo dialogo sobre a responsabilidade na navegação.        Ainda mais, essa situação tem se acentuado devido a ineficiência do poder exe-cutivo. Mesmo com a promulgação de leis como, por exemplo, a Lei 13.441/2017, percebemos a insuficiência na fiscalização delas. Dessa maneira há o descumprimento de cláusulas pétreas como o Artigo 6 da constituição. Sendo assim, acaba se criando um ambiente suscetível a violências e que suas vítimas carregam grandes traumas na sua vida jovem e adulta. De maneira análoga com a teoria da tábula rasa de John Locke: “O ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências”.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O caminho se mos-tra através de uma execução mais forte do poder executivo brasileiro. Junto a isso o Estatuto da Criança e do Adolescente, em parceria com a mídia, deve promover cam-panhas que incentivem a realização de denúncias a fim de que esses crimes sejam punidos e minimizados. Como também, as prefeituras devem disponibilizar acompa-nhamento psicológico gratuito em postos de saúde para vítimas de agressões, visando a redução dos traumas advindos dessas experiências. Desse modo, a integridade e os direitos infantis serão mais respeitados.