Enviada em: 05/04/2018

Definido como uma violência intencional e repetitiva, a violência sexual contra crianças e adolescentes tem crescido cada vez mais na sociedade brasileira. Para combatê-la, foi sancionada, em 2008, alterações na lei de número 11829, conhecida por aprimorar o combate à produção, venda e distribuição de pornografia infantil. No entanto, mesmo com ela em vigor, a violência sexual infantil é um problema social que ainda persiste. Nesse contexto, deve-se analisar como a internet e a omissão familiar influenciam na problemática em questão.  O desconhecimento dos perigos das redes sociais por crianças e adolescentes é o principal responsável pelos casos de violência sexual infantil. Isso ocorre devido, a 3º fase da revolução industrial, que impulsionou o uso de aparelhos celulares facilitando a comunicação, porém, expondo diversos dados pessoais dos indivíduos, incluindo crianças que, por cauda de sua inocência não tem consciência dos riscos que a internet oferece. Lamentavelmente, esse cenário é comum, e pode ser evidenciado quando os pais presenteiam os filhos com Smartphones e não fiscalizam com quem eles podem conversar no mundo virtual. Por consequência disso, as vitimas de pedofilia, conforme afirma a psicóloga, Lindomar Pacheco, acabam se silenciando ao serem violentadas, pois, a falta de diálogos com os pais provocam medo e insegurança em conversar sobre tal assunto.  Além disso, é necessário enfatizar, que a omissão familiar também é responsável pelo aumento da violência sexual infantil. Isso decorre do modelo capitalista vigente, que, faz com que os indivíduos busquem o máximo de lucro monetário, assim, muitos pais passam mais tempo trabalhando do que acompanhando o crescimento de seus filhos. Em decorrência dessa omissão, os jovens, muitas vezes, podem sofrer frequentes abusos por conhecidos da família, vizinhos ou até mesmo amigos próximos. Não é à toa, então, que, segundo dados da delegacia repressão à pedofilia 60% dos molestadores não possuem grau de parentesco.   Fica evidente, portanto, os caminhos para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Para isso, o Ministério da Educação, em parceria com psicólogos, deve realizar palestras em escolas públicas e particulares, com o propósito de informar e assegurar medidas de segurança que os jovens devem ter no ambiente virtual. Outrossim, o Conselho Nacional dos Diretos da Criança e do Adolescente deve, a fim de buscar a conscientização, disseminar, nos meios de comunicação propagandas que mostrem aos pais as consequências que a omissão deles no desenvolvimento dos filhos pode causar. Dessa forma, a lei de número 11829 terá eficácia e a violência sexual deixará de fazer parte do cotidiano brasileiro.