O combate a fome no Brasil ganhou destaque com os programas "Fome Zero" e "Bolsa Família" criados pelo Governo Federal em 2003. Todavia, recentemente essa questão veio à tona, e também está atrelada a modernidade liquida, conceituada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, como uma sociedade de relações frágeis. Além disso, a pobreza, a desigualdade social e a má distribuição de renda implicam a fome. Faz-se necessário que mais políticas públicas sejam criadas a fim de melhorar as condições de vida da população e diminuir a pobreza. Nesse contexto, as transformações tecnológicas no mercado de trabalho, como exemplo a robotização em substituição à mão de obra humana, mudanças nas relações humanas, com valorização do individualismo, e até mesmo crises políticas como a de 2016 no Brasil, com o Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, caracterizam a instabilidade na pós-modernidade, ou seja, a liquidez dessa. Sendo assim, as consequências são o desemprego e o aumento da desigualdade. É notório que, na maior parte dos países do Sul, em incongruência com os países do Norte, há mais pessoas que sofrem com a fome. Isto é, países onde há conflitos civis e militares, industrialização tardia, e má distribuição de renda, há também extrema pobreza. Nesse sentido, é observado que o contraste Norte-Sul advém da exploração dos países do Sul pelos países do Norte, chamados neo-imperialistas. Diante do exposto, para que o combate a fome no Brasil seja efetivo é preciso a ampliação de políticas de assistência social pelo Governo Federal. Além disso, faz-se necessário que haja distribuição de renda e a criação de mais programas de inclusão social. Isto poderia ser feito mesmo com a crise econômica vigente, por meio da regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, prevista na Constituição de 1988, que aumentaria a arrecadação. Por último, a problemática da fome também acompanha a segurança pública e a saúde. Por isso, se não contido o avanço da pobreza, essa também poderá atingir outras áreas.