Enviada em: 22/04/2018

De acordo com o Artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, DUDH, da qual o Brasil é signatário desde 10 de dezembro de 1948, todo membro da família humana tem direito à vida. Entretanto, mesmo após 70 anos da assinatura desse importante documento, o Brasil está retornando ao mapa da fome da ONU. Logo, poder público e sociedade devem buscar caminhos não somente para frear essa problemática, mas também para conscientizar a nação acerca do seu papel.    A ausência de mecanismos eficazes da União para combater a fome, num primeiro plano, corrobora para a atual situação alarmante. Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, autor da célebre obra "Leviatã", é papel do Estado manter a nação em harmonia e em coesão social. No entanto, o corte de políticas sociais, como o bolsa família, dificulta com que o indivíduo em vulnerabilidade social tenha uma vida digna. Por conseguinte, esse cidadão sem emprego, muitas vezes, acaba ficando sem alimentação. Dessa maneira, o Ministério do Desenvolvimento Social dever-se-ia, em conjunto com as prefeituras, oferecer novamente políticas sociais a essas pessoas de baixa renda, somado a empregá-las para que possam ter seu próprio sustento. Posto isso, o indivíduo não passe fome e, assim como afirmou o teórico político, a União cumpra o seu papel de dar uma vida digna a essa parcela importante da sociedade.    Em paralelo a essa questão, a falta de conscientização da sociedade sobre a fome aumenta essa problemática. Um bom exemplo disso é a escassez de aulas, desde as séries iniciais, sobre como a ausência de alimentação é um problema de todos e como cada cidadão pode ajudar. Isso deixa perceptível como o papel que a escola deveria desempenhar é deixado de lado, visto que os estudantes não são ensinados como poderiam combater esse problema e nem criam vínculos fraternos com as pessoas que passam por ele. Por isso, cabe às ONG's que militam nesse setor, com auxílio das escolas, criar aulas, palestras e rodas de debate, nos finais de semana para que a família possa participar, com a participação de especialistas, membros da ONU e do próprio Terceiro Setor, e de pessoas que já vivenciaram o problema da fome para debater sobre suas causas e como cada indivíduo pode ajudar a reverter esse quadro. Assim, a sociedade conscientize-se do seu papel.      A criação de políticas sociais aliada à  conscientização sobre o problema são, portanto, alternativas para solucionar o problema da fome no Brasil. Para tanto, além das medidas citadas, os canais de TV aberta têm o papel de colocar a problemática da fome em suas novelas e suas minisséries, haja vista que este tem forte influência e impacto social. Afinal, ao menos, assim será possível criar um nação mais fraterna e mais preocupada em garantir os Direitos Humanos da sua população.