Enviada em: 19/06/2018

Conforme o artigo 6° da Constituição de 1988, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é assegurar o direito humano à alimentação. Entretanto, esse artigo não é posto em prática, uma vez que, o índice de pessoas passando fome está aumentando e poderá o Brasil voltar para o mapa da fome. Diante disso, deve-se analisar como o desperdício inconsciente e a falta de políticas públicas provocam tal problemática no país.                    É relevante enfatizar, a princípio, que o desperdício inconsciente é o principal responsável por provocar problemas crônicos e estruturais na sociedade. Isso acontece porque a falta de segurança alimentar no estado e de projetos de consumo adequado em empresas e escolas, os quais viabilizem com a nossa realidade é preocupante para o atual momento. Assim, é comum, por exemplo, enfrentarmos grandes impactos sociais, econômicos e ambientais no nosso meio. Prova disso, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), dois bilhões de comidas são desperdiçadas todos os anos.       De outra parte, a negligência das políticas públicas também é responsável pela problemática em questão. Isso acontece devido à falta de investimentos sociais e a redução em programas como a bolsa família – que em 2015 retirou 40 milhões de pessoas da fome - e consequentemente, a população mais pobre são os mais prejudicados. Assim, apesar de termos grandes avanços econômicos, sociais e tecnológicos muitas famílias brasileiras são afetadas. Tal realidade preocupa, pois, além de comprometer a integridade do cidadão, muitos indivíduos vivem em vidas precárias e sobrevivem apenas do que encontram no lixo. Não é à toa, então, que no Brasil desde o começo da colonização entre os séculos XVI e XIX ocorrem crises de fome devido às decisões dos poderes públicos.       Evidencia-se, portanto, que o desperdício descontrolado e as políticas públicas são os fatores que levam o Brasil para o mapa da fome. Em razão disso, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com ONGs, deve promover oficinas com debates e palestras que enfatizem a importância de termos consciência sobre o alto desperdício e a  realização da destinação de alimentos nos seus lares de maneira correta e suceder para os seus filhos essa relevância. Além disso, o poder público deve aumentar os seus investimentos em programas sociais como a bolsa família, projetos tecnológicos em empresas de comércio que visam a distribuição de subsistência as famílias e que antes seria destinado ao lixo. Assim, iremos minimizar as chances de voltar à fome e a República brasileira terá, finalmente, um dos objetivos fundamentais cumprido.