Enviada em: 27/06/2018

O período da Idade Média foi marcado pela fome e desnutrição de vários populações, inclusive as mais desenvolvidas. Embora, após 500 anos, o Brasil tenha superado esse problema, diversas crises no país têm contribuído para que esse impasse seja retomado. Nesse sentido, rever a situação social e os impactos que a falta de acesso ao alimento pode causar, é fundamental para avaliar seus efeitos na contemporaneidade.       Primeiramente, é válido destacar as dificuldades para o acesso ao alimento no Brasil. A Revolução Verde, por exemplo, tinha como objetivo principal a erradicação da fome no Brasil, porém com a conservação da concentração de terras e consequentemente a de renda, dificultou ainda mais o acesso a alimentos já que estes produtos tornaram-se cada vez mais caros. Além disso, as constantes crises econômicas no país fizeram com que milhares de pessoas perdessem seus empregos e dependessem apenas do Bolsa Família.       Outrossim, é importante avaliar as consequências desse descaso do Estado. Segundo dados do IBGE, em 2014, o número de pessoas na extrema miséria no Brasil era de menos de 5% da população. Embora esse número seja considerado baixo, ele aumentou com as diversas crises financeiras e políticas que aconteceram no Brasil nos últimos 4 anos, além de não haver nenhuma medida emergencial por parte do Governo para congelar ou então diminuir essa situação.       Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Primeiramente, o Governo deve ampliar o processo de Reforma Agraria, dando a oportunidade de novas famílias terem acesso a terra, melhorando sua situação financeira e consequentemente tendo acesso a alimentos com mais facilidade. Além disso, tem de se tornar obrigatório a doação de alimentos que não serão utilizados ou vendidos a fim de diminuir as perdas alimentícias por falta de conscientização. Assim, haverá pessoas que terão acesso ao mínimo de dignidade nutritiva, cumprindo o papel do Estado.