Enviada em: 26/06/2018

Revitalizar      Abordada em clássicos da literatura brasileira, como "Os Sertões', de Euclides da Cunha, a fome é fruto histórico de uma assimetria social. Mesmo após ter vencido a fome em 2014, bastou a mudança de representante presidencial em 2016 e o risco do Brasil voltar a figurar no cenário da miséria é iminente. Essa ameaça é motivada pelo atual poder executivo federal, que está comprometido com uma política que não tem em vista priorizar questões básicas para a população e tende à privilegiar o mercado alimentício internacional.     Nesse hiato, em pouco mais de dois anos de governo emedebista, a prioridade foram as Reformas Trabalhista e Previdenciária, ou seja, o que está em pauta são questões que beneficiam os empresários. Com isso, programas essenciais contra a pobreza, como o "Fome Zero" - criado com o objetivo de erradicar a fome - e o "Bolsa Família" - desenvolvido para assegurar uma fonte de renda - foram escanteados pelo governo, tendo uma consequente precarização.      Além disso, o país é majoritariamente formado por uma indústria de base, isto é, predomina a produção de alimentos, tendo como alvo a exportação dos mantimentos. O Agronegócio oprime os pequenos agricultores rurais voltados para o cultivo familiar de subsistência. Reflexo desse cenário é a ausência de uma reforma agrária, que favorece os grandes latifundiários e consequentemente o famigerado "Agro Pop".     Portanto, em virtude dos fatos mencionados , entende-se que há a necessidade de uma intervenção imediata no programa de segurança alimentar brasileiro. É fundamental que haja uma revitalização dos programas Fome Zero e Bolsa Família através de recursos direcionados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em conjunto , a reforma agrária deve ter pauta no Congresso Nacional, para que seja viabilizada. Para isso, a promoção de debates com as classes diretamente envolvidas é importante. Afinal, um país que objetiva ter um desenvolvimento econômico harmonioso, tem a responsabilidade de reduzir os índices de desigualdade social.