Retrocesso no mapa da fome De acordo com José Graziano da Silva, diretor geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), o Brasil pode voltar a ter a participação no mapa da fome. Este mapa indica em quais países há parte significativa da população ingerindo quantidade diária de calorias inferior ao recomendado. Quais seriam os fatores que ocasionaram esse retrocesso do Brasil no mapa da fome? É a partir de 2015, com a crise que se instalou no Brasil, que avançou a pobreza no país, e um dos fatores é devido ao corte de benefícios de programas assistenciais do governo. Foi reduzido 92% das verbas do programa de cisternas e 99% de recursos para aquisição da agricultura familiar no semi-árido. As cisternas no semi-árido auxiliava na captura da água da chuva, esta ajudava na agricultura familiar que saciava a fome do povo nordestino. Cortaram 1,1 milhão de benefícios do bolsa família, auxílio esse que ajudava a complementar a renda e levar o alimento para brasileiros carentes. Além disso, o segundo fator que favorece o aumento de brasileiros no mapa da fome, é o alto índice de desempregados existentes hoje no país. Há aproximadamente 14 milhões de desempregados no Brasil; com a diminuição da renda familiar, restringe-se a alimentação saudável, favorecendo a falta de nutrientes nos indivíduos, ocasionando casos de desnutrição, abrindo margem para doenças e até a morte. Dessa forma, o combate a fome é questão de política do estado. É preciso garantir que as politicas públicas de programas assistenciais, retornem ao povo brasileiro. É necessário o apoio do governo a agricultura familiar para gerarem alimentos orgânicos para a população e consequentemente ajuda ao pequeno agricultor. Manter o programa do bolsa família, fiscalizando possíveis irregularidades para que este auxílio chegue a quem realmente precise. E por último mas não menos importante, a geração de empregos, através de acordos do governo com empresários para que seja retomado o crescimento econômico do país.