Enviada em: 18/07/2018

Durante a Idade Média, a Europa sofreu constantes crises de escassez alimentícias, ocasionadas pela rigidez do sistema feudal e associadas ao aumento excessivo da população urbana. No Brasil, a má distribuição de renda e consequente redução do poder de consumo, além de fenômenos naturais como estiagens prolongadas, dificultam o combate à fome, deixando clara a necessidade de se articular uma rede logística que viabilize uma melhor distribuição de alimentos e auxilie na erradicação da miséria no país.  Embora o Brasil seja o 2° e 4° maior exportador e produtor, respectivamente, de alimentos do mundo, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, mais de 7 milhões de habitantes ainda passam fome no país. O recesso econômico ao longo dos últimos anos, além da ausência de um plano específico de alimentação que auxilie na melhoria da qualidade de vida e no acesso às quantidades necessárias de nutrientes essenciais, principalmente às populações mais carentes, são um contínuo entrave na eliminação desse problema.   Além disso, o uso indevido de recursos públicos e o atraso na conclusão de estruturas voltadas ao abastecimento hídrico, como a transposição do Rio São Francisco, na Região Nordeste do país, aumentam a suscetibilidade da população sertaneja à pouquidade de alimentos oriundos da agricultura e outros recursos que dela provém.    Diante do exposto, fica nítida a necessidade de mitigar esse empasse. Dessa forma, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve investir na modernização das técnicas de plantio e colheita, otimizando uma maior produtividade em regiões de infraestrutura precária. Cabe também ao Ministério da Educação auxiliar na disseminação, através dos meios de comunicação em massa, de campanhas de conscientização da população, a respeito do desperdício de alimentos. Por fim, é necessária, por parte do Governo Federal, a expansão de políticas sustentáveis, que auxiliem no reaproveitamento de recursos naturais, equilibrando o seu uso.