Enviada em: 16/08/2018

De acordo com a Teoria Ecomalthusiana, provinda dos ideais de Thomas Malthus, o aumento populacional ocasiona a disponibilidade de recursos naturais, o que, por sua vez, permeia grandes impactos ambientais e sociais para um país e, por consequência, pode viabilizar o maior inimigo a ser enfrentado por uma nação, a fome. Isto posto, o Brasil, que se define por meio de uma ampla desigualdade social, encontra-se em uma situação de risco quando se trata da volta ao mapa da fome e, um dos mais relevantes contribuintes para o progresso do evento é o cessamento parcial e gradativo de programas como o Bolsa Família e a drástica redução da oferta de alimentos para áreas carentes.        Em uma primeira análise, ainda que, segundo a ONU, o Brasil apresente cerca de, apenas, 3% de seus habitantes em situações de subnutrição, o quadro tende a se elevar, em razão do decréscimo do investimento em áreas necessitadas. No entanto, a emigração excessiva de áreas pobres em busca de melhores condições de vida, faz com que, ainda mais, o evento se alastre pelas zonas e, consequentemente, centros metropolitanos, os quais são receptores dos viajantes, passam a sustentar uma absurda concentração popular. Diante disso, o número desproporcional de habitantes em determinada região, vem a ocasionar a grande desigualdade social e, por esse motivo, uma parcela considerável das pessoas se encontrarão abaixo da linha da pobreza e carentes de alimentos.          Convém lembrar, que, conforme a Organização das Nações Unidas, a produção de alimentos no mundo é capaz de abastecer cerca de 15 bilhões de pessoas no globo, o que designa quase o dobro da população mundial. Assim sendo, pode-se constatar que a falta de alimentos não é o fator limitante para a fome, mas sim a desigual distribuição desses. Contudo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, países como Japão e EUA, têm cerca de 40% da sua população obesa, o que mostra a ilógica distribuição alimentar pelo globo. Do mesmo modo, quando se compara ao Brasil, estados de grande concentração monetária, apresentam maiores índices de sobrenutrição, enquanto regiões menos desenvolvidas resistem constantemente a fome e, por fim, o originamento de problemas de saúde.        Infere-se, por conseguinte, que o cenário da fome brasileira deve ser evitado. Cabe aos Ministérios da Saúde e do Trabalho, operarem juntos para que seja realizada uma análise ainda mais criteriosa das regiões cuja pobreza é persistente e, desse modo, proporcionar melhores qualidades de ofício ou saúde e, consequentemente, evitar a emigração sucessiva e o abandono de tais áreas. Ademais, cabe ao Estado, investir em obras de pavimentação em torno de regiões pobres, para que seja facilitado o acesso da transportação alimentar até os locais, afim de conter a má distribuição de alimentos pelo território brasileiro.