Enviada em: 01/10/2018

Na obra "Vidas Secas", o autor Graciliano Ramos retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos que eram obrigados a se deslocar para áreas menos castigadas pela fome. Nesse contexto, no mundo hodierno, apesar da redução do índice de fome no Brasil, diversas famílias não tem o que comer. Desse modo, devem-se analisar a desigualdade nutricional e a negligência do estado em relação à fome em regiões com clima pouco rentável.   Sabe-se que a discrepância nutricional, na maioria das vezes, relaciona-se com a desigualdade social. Prova disso são os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-, que afirmam que 13 milhões de pessoas passam fome no Brasil por estarem na linha de pobreza. Tal fato demonstra que a Constituição Federal, que assegura que o direito a alimentação é de todos, não é cumprida, visto que diversos brasileiros não tem o que comer.   De outra parte, muitas pessoas que habitam em estados com o clima seco, sofrem com a fome devido à falta de investimento do estado. Um bom exemplo disso são os estados da região nordeste, que por apresentarem baixa pluviosidade, a agricultura familiar é prejudicada. O que aponta par a falta de assistência tecnológica que proporcionaria benefícios as plantações familiares dessas regiões, haja vista que em países como Israel sistemas que utilizam pouca água, não permitem que a fome se instaure.   Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para inibir a taxa de fome no Brasil. Em razão disso, cabe ao MDS -Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-, como responsável pela segurança alimentar e nutricional, ampliar a assistência social às famílias pobres, por meio da distribuição de cestas básicas, ampliação da tecnologia da agricultura familiar e garantir a presença de centros de auxílio social para a manutenção da vida. Tudo isso deve ocorrer com o intuito de democratizar a alimentação, cumprindo a Carta Magna. Somente assim ter-se-à uma população sem fome.