Enviada em: 06/10/2018

O Mapa de Fome, estudo feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mostra quais países apresentam mais de 5% da população ingerindo uma quantidade de calorias diárias inferior ao recomendado. Salienta-se que o Brasil chegou a um valor de 3% em 2014, contudo, o atual corte de gastos do governo prejudica na manutenção desse cenário, arriscando a colocá-lo novamente no Mapa. Logo, nota-se a necessidade de voltar a priorizar essa causa, por meio do combate às desigualdades sociais e da diminuição do número de desempregados.       Em primeira análise, programas sociais que corrigem as discrepâncias na distribuição de renda são essenciais no combate à fome e pobreza. Sob esse viés, é possível perceber que o Programa Fome Zero, criado em 2003, e suas subdivisões, como o Bolsa Família, as cisternas no sertão nordestino, restaurantes públicos, distribuição de suplementos e vitaminas, foram os fatores que mais contribuíram para tirar o Brasil do Mapa de Fome. Diante disso, cortes feitos pelo governo de Michel Temer, como o de 1,1 milhões de reais em benefícios do Bolsa Família, devem ser evitados, pois só colaboram para a manutenção de pessoas em vulnerabilidade extrema. Portanto, é essencial manter o nível de investimento social a fim de combater a problemática da fome.       Aliado aos programas sociais, a criação de empregos também ajuda na continuidade do combate à fome. Evidencia-se que serviços na construção civil, por meio de projetos públicos de infraestrutura, no setor industrial e no agronegócio são os maiores geradores de empregos no país. Desse modo, o investimento do governo nessa causa é fundamental para diminuir o enorme número de desempregados da sociedade, cerca de 14 milhões de acordo com o IBGE, e garantir os direitos básicos de todo cidadão.       Destarte, é essencial que o Governo Federal volte a investir no benefício do Bolsa Família e aumente o orçamento destinado ao Programa Fome Zero, a fim de ampliar a quantidade de pessoas beneficiadas pelos programas de correções das desigualdades sociais. Além disso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve revogar a PEC do Teto, que congela gastos em educação por 20 anos, e criar mais escolas públicas, no intuito de capacitar os indivíduos para gerar melhores oportunidades de vida e emprego. Assim, o Brasil poderá superar os desafios dessa problemática.