Enviada em: 18/10/2018

No Império Romano ocorreu uma das maiores crises de fome generalizada da história, ocasionada por problemas na administração e na distribuição desigual de fonte alimentar, teve como consequência milhares de suicídio como forma de escape da crise. Hodiernamente, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirma que a fome é uma violação dos direitos humanos, e deve ser combatida. Todavia, embora seja contra os direitos humanos, a fome persiste na realidade de brasileiros que vivem na extrema pobreza tornando-se evidente que políticas públicas de combate a fome não estão sendo aplicadas.       A priori, é importante destacar que em 2014 o Brasil saiu do mapa da fome, entretanto, com a crise econômica, os investimentos nas áreas que visam recursos mais básicos para populações mais carentes, não são vistos como prioridade e por consequência são negligenciados. Não obstante, a Constituição Cidadão de 1988, garante que é direito de todos ter acesso à uma boa alimentação, sendo papel do Estado garantir, contudo, é visto que o Estado não propõe medidas realistas como programas sociais que alcancem todos que precisam e sejam coerentes com a demanda. Em decorrência disso, de acordo com IBGE, 13 milhões de pessoas passaram fome no início de 2018.       Ademais, outro fator relevante é o alto preço dos alimentos que são inacessíveis para cidadãos que com desemprego crescente não possuem recursos próprios para comprar. A extrema pobreza em conjunto com o descaso do Estado, fazem com o que a situação atual fique constante, tanto que, segundo o Banco Mundial, em 2016, 52 milhões de brasileiros viviam com menos de 7 reais por dia. Nessa perspectiva, o documentário "Garapa", publicado em 2009, evidencia a realidade de milhares de famílias do nordeste que sobrevivem se alimentando somente de açúcar e água por não ter outras opções.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Cabe ao Poder Executivo promover a criação de restaurantes em pequenas e grandes cidades, que ofereçam café, almoço e janta de graça, para todos os cidadãos que por meio de uma entrevista com assistentes sociais, e cadastro em um sistema comprovem que não possuem renda suficiente para se alimentar. Além disso, o Poder Executivo, também pode permitir que seja criado programas de distribuição de cestas básicas para famílias desempregadas e que estejam em situação de extrema pobreza, que ao comprovarem a renda por meio de recibos poderão ter acesso ao benefício. Dessa forma, a crise da fome diminuiria e o direito à uma boa alimentação seria efetivado como consta na Constituição Cidadã de 1988.