Nas redes sociais, muitos brasileiros são comovidos e emocionados ao se depararem com imagens de crianças africanas subnutridas. Contudo, acabam esquecendo que a situação é análoga em território nacional, já que o Brasil corre, atualmente, o risco de retornar ao mapa da fome. Nesse sentido, urge analisar os caminhos para combater isso. Esses se configuram no âmbito civil e estatal. Antes de tudo, é importante ressaltar que, no que concerne aos caminhos para evitar o mapa da fome, investimentos estatais nesse sentido fazem-se necessários. No livro " Quarto de Despejo", de Carolina de Jesus, a narradora homônima relata que o descaso estatal frente à fome nas favelas intensifica essa chaga. Analogamente, a situação atual de crise no Brasil levou o Estado a cortas gastos sociais. Devido a isso, a fome intensificou-se, tornando-se, novamente, uma problemática que amofina milhões de brasileiros. Assim, o Estado é um agente fundamental no combate ao retorno brasileiro ao mapa da fome. É, também, essencial destacar que doações por parte da população podem auxiliar a evitar o retorno do Brasil ao mapa da fome. É inegável que esse é permeado pela desigualdade socioeconômica. Nesse sentido, muitos possuem pouco e poucos têm muito. Assim, atos de solidariedade seriam essenciais para combater a fome. No entanto, vê-se, cada vez menos, esses atos se concretizarem por parte de abastados. Comprova-se isso, ao analisar as ruas de grandes cidades brasileiras: transeuntes de classe média ou alta ignoram mendigos e andarilhos acometidos pela subnutrição. Portanto, faz-se necessário combate estatal e civil para evitar o retorno ao mapa da fome. Assim, o Legislativo deve fixar uma quantia miníma de investimentos a projetos de combate à fome, de modo que se garanta a nutrição de pessoas em situação socioecômica vulnerável. Além disso, a população deve, com apoio de ONGs favoráveis à causa, se mobilizar por meio das redes sociais e distribuir, constantemente, suprimentos de primeira ordem às pessoas carentes, garantindo-lhes a nutrição.