Enviada em: 10/04/2018

A escritora Rachel de Queiroz, no livro o Quinze, retrata uma cena cujo os retirantes come um animal podre, por estarem famintos. Embora a obra seja do século XX, ela, atualmente, se faz presente, pois o Brasil corre o risco de voltar para o mapa da fome. Nesse sentido, não há dúvida que caminhos devem ser adotados para evitar o retorno.         Em primeiro lugar, é preciso compreender que com a revolução verde a produção de alimentos tornou-se maior que o consumo. Porém, os altos preços dificultam o acesso para os mais pobres. Isso está, intimamente, relacionado com o fato de o país ser o mais desigual do mundo, segundo o economista Piketty. Concomitantemente, o sociólogo Marx, define modelo de produção atual, como capitalismo predatório, a saber, visa apenas o lucro sem se preocupar com questões sociais.         Outrossim, é necessário levar em conta à qualidade dos produtos, já que a carência nutricional também está associada a fome. Assim, uma má alimentação gera hipovitaminoses, por exemplo, Beribéri(falta de vitamina B). Sob esse viés, não basta que populações carentes tenham condições de adquirir processados, e sim opções salutares, como frutas e carnes.       Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas para evitar a volta ao mapa da fome. É dever do governo diminuir à desigualdade econômica, o que pode ser feito por meio de uma reforma tributária, a fim de que pessoas tenham condições financeiras para se alimentarem. Ademais, cabe ao legislativo incentivar à alimentação saudável, mediante isenções fiscais para empresas os quais produzem bons alimentos, com o propósito de evitar à subnutrição.