Enviada em: 14/04/2018

A Constituição Federal Brasileira, promulgada no ano de 1988, institui que o acesso alimentar é um direito medular do cidadão. Em vista disso, o País se empenhou em suprimir a fome nacional. Contudo, as práticas implementadas não engendraram plenos êxitos, uma vez que, segundo o IBGE, cerca de 7 milhões de brasileiros ainda sofrem com a apetência. Nesse contexto, cabe analisar os fatores primordiais para obstar o retorno pátrio ao grupo de países fundamentalmente famintos.        Em primeiro plano, convém citar que a ampliação empregatícia, na totalidade das regiões nacionais, representa uma via para esse desígnio. Haja vista a concentração industrial nas regiões meridionais da nação, presente desde o Estado Novo “varguista”, o fomento de ocupações encalça esse processo e se distancia das regiões aquilonárias, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, são mormente acometidas. Assim sendo, a dispersão fabril, por intermédio do acréscimo de vagas, promove a geração de renda. Destarte, o rédito familiar é utilizado para a obtenção nutrícia, reduzindo a escala da fome no País.       Além disso, percebe-se que a promoção do acesso à terra se configura como alternativa válida para o embate à conjuntura supratranscrita. De acordo com o relatório da OXFAM, realizado em 2017, 45% de toda a área agricultável do Brasil é apinhada por menos de 0,91% das propriedades rurais. Nesse panorama, a efetiva concessão de frações não utilizadas dessas glebas para comunidades desamparadas exprime o agendro de provisões para infindos indivíduos. Dessa forma, reduz-se o quantitativo de famélicos cidadãos.        Como cita Martin Luther King, “toda hora é hora de fazer o que é certo”. Tomando como norte essa máxima, é premente que o Estado e companhias privadas estabeleçam unidades produtivas nas alocações permeadas pela voracidade. Mediante a isenções fiscais às empresas envolvidas, financiadas pelos impostos arrendados, visa-se conceber ofícios e, isto posto, o consumo alimentar. Logo, será possível preservar o País semoto ao mapa da fome.