Enviada em: 15/04/2018

No romance ''Vidas Secas'', Graciliano Ramos retrata o sofrimento de uma família nordestina diante da fome e miséria. A obra se consagrou na década de trinta, no entanto a temática ainda persiste. Isso se relaciona à necessidade de auxílios públicos momentâneos, aliado à medidas de longo prazo.   Em primeiro lugar, o Brasil se caracteriza em um país agricultor, ou seja sua produção de alimentos é tão alta que seria suficiente para sanar a fome no país. No entanto, parcelas da população não dispõe de capital para adquiri-los. Nesse sentido, os programas sociais como Bolsa Família, Fomento ou as tarifas sociais representam um importante auxílio. Isso se comprova ao comparar os dados do Relatório do Desenvolvimento Humano(RDH) do ano 2000, antes de implementa-los, com o de 2017 que teve redução de mais de 11% no índice de fome no Brasil.    Em segunda análise, a concentração de renda agrava a questão da fome, visto que esta se associa à pobreza. Diante disso, uma educação eficiente representa uma importante aliada ao seu combate, pois garante ao indivíduo a capacidade de competir no mercado de trabalho formal. Entretanto, nota-se uma despriorização deste setor, cita-se por exemplo a redução de 32% dos investimentos em educação para 2018 já anunciado pelo MEC(Ministério da Educação).         Fica evidente, portanto que cabe ao Governo Federal preservar os programas sociais como medida emergencial. A fim de cumprir o dever do Estado em garantir o acesso à alimentação e dignidade, exposto no artigo 227 da constituição federal de 1988. Outrossim, faz-se necessário que o Ministério da Educação ofereça o suporte instrutivo para o desenvolvimento profissional dos cidadãos. Isso por meio de investimentos tanto na estrutura física quanto pedagógica das escolas. Só assim tornar-se-á possível evitar o mapa da fome e combater o cenário narrado por Graciliano Ramos.