Enviada em: 23/10/2017

Sobre as dificuldades de prevenção do suicídios entre os jovens brasileiros, dois aspectos fazem-se relevantes: o tabu associado à questões de saúde mental e a enorme pressão exercida sobre os jovens num período crítico de suas vidas.    No Brasil hodierno, o estigma ligado à saúde mental ainda é muito grande, causando uma falta de esclarecimento sobre o tema. Por conta disso, muitas pessoas que sofrem com transtornos mentais - uns dos maiores causadores do suicídio - não são diagnosticadas e, consequentemente, não recebem o tratamento adequado, resultando em suicídios que poderiam ser prevenidos. Não obstante, muitos daqueles que recebem um diagnóstico tem sua condição ignorada ou desacreditada, já que, em algumas regiões, por conta da desinformação, ainda existe a ideia equivocada de que doenças mentais "não existem", são "fraquezas" ou até mesmo "falta de fé", dificultando ainda mais um possível tratamento.     Além disso, a enorme pressão, competitividade feroz e jornadas de estudo desumanas, características do período de vestibular, certamente contribuem para a sensação de isolamento e "falta de saída" enfrentadas pelos jovens, o que colabora para o suicídio. A exemplo disso, é possível citar o caso da Coréia do Sul, nação desenvolvida com maior taxa de suicídio do mundo, onde a extrema competitividade no ambiente escolar já levou um quarto dos estudantes a atentar contra a própria vida.       Em vista da situação exposta, tornam-se necessárias medidas que busquem trazer visibilidade ao tema, gerando assistência às pessoas suscetíveis ao suicídio. Nesse contexto, o Governo Federal deve, com o auxilio de emissoras de canal aberto, divulgar propagandas sobre o assunto, informando a população e incentivando a busca de ajuda aos que precisam. Ademais, o Estado deve oferecer aos estudantes, nas escolas, profissionais de psicologia capacitados, prevenindo-se, dessa maneira, o suicídio entre esses jovens.