Enviada em: 28/10/2017

Novos jogos para o direito à vida         Segundo Emile Durkheim o suicídio é um fato social e que tem intrínseca ligação à coesão social, ou seja, o ato de tirar a própria vida está ligado ao contexto social. Dessa maneira, no Brasil, o elevado índice de casos de pessoas que tiram a própria vida mostra a necessidade de prevenir esse grande problema. Nesse contexto, é necessário não só conhecer as principais causas desse progressivo aumento, como também ter conhecimento de como prevenir o problema. Assim, medidas devem ser tomas na direção de extinguir esses óbitos, posto que toda vida humana é inestimável.          Tem-se aumentado os números de pessoas que se matam no país, entre os jovens já é a segunda maior causa de mortes. Nesse sentido, em uma sociedade que os pais passam menos tempo com os filhos e substituem essa presença por bens materiais, muitos jovens passam por problemas sociais, a exemplo do bullying e da depressão, sem o apoio da família, ou em alguns casos, os próprios familiares julgam o adolescente como dramáticos e preguiçosos, agravando a situação. Dessa forma, as pessoas que se matam não querem necessariamente morrer, querem por fim a um sofrimento que julgam insuportável e sem fim.         Há no país organizações como o Centro de Valorização a Vida que prezam por ajudar pessoas com pensamentos suicidas a não cometerem o ato. Essa prevenção embora seja uma boa ferramenta, não é suficiente, pois muitas pessoas que tiram a própria vida não sabem da existência do centro e não querem falar sobre. Logo, a depressão, os transtornos psíquicos, ou comentários de depreciação da vida, são alguns dos sinais que podem levar ao ato do suicídio. Esses aspectos mostram que a sociedade atual precisa ter mais atenção ao outro, além, de dar apoio, amor e ajudar a quem passa por problemas psicológicos.          Fica nítido, portanto, que o país deve caminhar em prol da prevenção do suicídio entre os jovens. Dessa forma, a família deve intensificar os diálogos em casa, debatendo sobre os problemas e questionando sobre a convivência, os colegas e os sentimentos, para que estejam por dentro do que se passa com seus familiares, e principalmente entre os jovens. Ademais, pela curiosidade em que essa etapa de vida apresenta e que, infelizmente, os faz buscar por jogos como o baleia azul e a roleta russa, o Governo em parceria com a mídia pode desenvolver aplicativos em que os jovens possam jogar um game de apreciação da vida, em que a cada fase mostre benefícios de viver. Com essas medidas, que não exclui outras, o país poupará muitas vidas e caminhará para um maior exercício da Constituição Federal em que todos têm direito à felicidade e à vida.