No romance "Os sofrimentos do jovem Wherter", escrito por Gothe, o protagonista comete suicídio por conta de um amor não correspondido. A obra que inaugurou o romance mundial, foi criticada por incentivar centenas de mortes. Embora date de séculos passados, a problemática persiste nos dias atuais. Nesse contexto, é necessário analisar como o individualismo e os traumas pessoais causam tal problema e como combatê-lo. Segundo o Sociólogo Émile Durkheim, o suicídio é resultado do meio social que circunda o ser. Conforme tal pensamento, as dificuldades sociais, como o bullying e a homofobia, demonstram que o assunto não deve ser tratado de forma individual. Mas, na sociedade contemporânea, conforme defendeu Zygmunt Bauman, o individualismo é comum e assustador. Sendo assim, a solidariedade é cada vez menor e a taxa de suicídio é cada vez maior. De acordo com dado da OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados quando há oferta de ajuda. Além disso, dentre as principais causas do Suicídio está a depressão, ligada diretamente a traumas já vividos. Esses traumas trazem a não aceitação de si mesmo, e a baixa autoestima. Como consequência disso, a maioria dos jovens se sentem culpados, pressionados ou rejeitados, encontrando uma forma inconsciente de autopunição no suicídio e buscando acabar com todos os problemas. Dessa forma, o Brasil é atualmente o oitavo país com mais suicídios do mundo. No entanto, fica claro, que medidas são necessárias para sanar essa problemática. A OMS, em parceria às escolas, deve capacitar profissionais para melhor identificação dos casos de suicídio, criando ambientes educativos e programas de assistência aos jovens necessitados. As escolas também, juntamente com os familiares deve instituir palestras ministradas por educadores, alertando a importância de ficarem atentos à vida e comportamento de seus filhos. Cabe a mídia desenvolver campanhas de valorização à vida e incentivo a inclusão social, estimulando a solidariedade e aceitação de todos. Buscando assim, amenizar as taxas de suicídio no país e construir uma sociedade mais empática.