Enviada em: 23/10/2017

Segundo Émile Durkheim, suicídio é todo o caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado. No que tange a isso, verifica-se uma problemática subsequente pertinente ao suicídio, seja pelo preconceito relacionado a doenças mentais, seja pela glamourização da mídia. Diante disso, torna-se fundamental analisar essa questão como um problema da saúde publica.   É importante pontuar de início que a falta de compreensão relacionada a doenças psíquicas está entre os alicerces desse entrave. Segundo o Mapa da Violência, de 2014, 28 pessoas se suicidam por dia no país, mostrando que tal fenômeno deve sim ser investigado. Ao procurar saber as causas de um suicídio, nota-se que tanto a sociedade quanto o indivíduo não valorizam doenças mentais como valorizam doenças físicas, o que já acarreta um prejuízo, pois acabam banalizando e tratando-as como passageiras, sem o tratamento certo, ocasionando no suicídio por parte do indivíduo. Dessa maneira, tanto os hospitais como a sociedade têm que se posicionarem juntos para reduzir esse problema.   Outrossim, destaca-se que a mídia pode ser colocada tanto influenciadora quanto combatente do problema. Em 2017, jogos como Baleia Azul e séries como "13 reasons why" foram bastante criticadas por estarem influenciando e glorificando o suicídio, o que contraria as regras impostas pela OMS relacionadas a esse problema. Assim, a midia é posta como auxiliadora, acarrentando no aumento dos números quando esse tipo de noticia é bastante veiculado por ela, pois na sociedade existem pessoas vulneráveis a isso, mostrando que o suicídio é um problema de saúde pública. Desse modo, evidencia-se o destaque a forma de propagação dessas noticias para que não possa ser interpretadas de outras formas.  Entende-se, portanto, que é substancial a ação conjunta do Ministério da Saúde e da mídia a fim de atenuar tal adversidade. Cabe ao Ministério da Saúde a promoção de atendimento a pessoas com distúrbios mentais, por meio de serviços gratuitos em grande parte dos hospitais públicos das cidades -disponibilizando os contatos sobre as organizações, como o Centro de Prevenção da Vida- , com intuito de prevenir essa população mais vulnerável. Ademais, a mídia deve veicular casos de suicido, através das redes sociais -com enfoque na prevenção, sem dar detalhes do método-, com a finalidade de evitar que o suicídio seja glorificado. Dessa forma, com essas medidas esse problema de saúde pública certamente será mitigado.