Enviada em: 25/10/2017

No livro “Os sofrimentos do jovem Werther", de Goeth, o protagonista encontra no suicídio uma forma de livrar-se das dores de um amor não correspondido. O livro, de 1774, mostra-se ainda muito atual no tema já que, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade, ligado ao Ministério da Saúde, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos aumentou 10% de 2002 a 2014.   O problema do suicídio é que ele tem diversas faces como uma depressão, bipolaridade ou uma crise econômica, que foi a causa da maioria dos suicídios em 1929 com a quebra da bolsa de valores de Nova Yorque. Outrossim, a prática do bullying tão recorrente nas escolas brasileiras de todo o Brasil, em conjunto com a falta do apoio familiar para tratar dessas questões, acaba convendo ao jovem ver o suicídio como escapatória às opressões que o afligem.   Um fator para a persistência no aumento na taxa de suicídios entre os jovens brasileiros é a ausência familiar. Infelizmente, a atenção que os pais têm dado aos seus filhos e suas ações são insuficientes para prevenir o suicídio e quando este vem procurar ajuda é tratado como "frescura". Com isso, pessoas de má índole criam programas como a “Baleia Azul", no qual se deve cumprir as tarefas propostas e no fim do jogo se matar, como forma de chamar a atenção desse jovem desamparado. Vê-se, assim, a necessidade do acompanhamento parental e preventivo ao suicídio e, em consonância, tratar os problemas que os filhos levantarem em casa com seriedade.   Portanto, o Governo deve criar um programa sistemático escolar por meio da inserção de palestras motivacionais com psicólogos, explicando a depressão, o suicídio e o mal do bullying. Além disso, incluir a obra de Goeth no currículo escolar promoverá a reflexão e aprimoramento do conhecimento sobre o suicídio e suas faces. Para que assim as taxas de suicídio comecem a diminuir e as pessoas não tenham coragem para morrer e, sim, para viver.