Enviada em: 24/10/2017

O famoso escritor de “Brasil, o país do futuro”, Stefan Zweig, fugindo do regime nazista, escolheu morar no Brasil, pois via no país a esperança de uma vida melhor. No entanto, quatro dias após o naufrágio de um navio brasileiro por forças do Eixo, o escritor previu que o Brasil entraria na guerra e, assim, resolveu cometer suicídio. Casos como esse denotam a verdadeira causa por trás dos suicídios: a total falência da esperança. Nos dias de hoje, os suicídios entre jovens brasileiros têm atingido níveis alarmantes, pois são cometidos por um número crescente de jovens que, em tese, estariam com as esperanças nas alturas. Entender as motivações de um jovem suicida e revigorar sua esperança são alguns dos grandes desafios que a sociedade brasileira deve lidar para superar essa problemática.          Em primeiro lugar, as motivações que levam pessoas jovens a cometerem suicídio nem sempre são muito racionais. Embora, algumas vezes, exista uma forte tendência derivada de fatores mentais, como a depressão e a bipolaridade, as reais causas se escondem por trás da falta de esperança na superação de alguma grande dificuldade. Por exemplo, é comum que jovens passem por intensas desilusões amorosas, sensações de fracasso, objetivos frustrados, etc. No entanto, boa parte desses sentimentos podem ser superados com a ajuda de psicólogos, grupos de terapia e, até mesmo, amigos confidentes.          Além disso, uma vez identificado um jovem que passa por uma situação difícil é importante que alguma ajuda lhe seja prestada. O ambiente escolar é o lugar ideal para isso, pois é onde ele passa boa parte do dia e, próximo a amigos e professores, fica mais fácil identificar mudanças em seu comportamento. No mais, a escola também pode ser um ótimo lugar para a prevenção do suicídio, visto que podem ser realizadas atividades que mantenham os jovens sempre animados, com sua esperança revigorada e longe da sombra do suicídio.          É fundamental, portanto, que a escola e a família, estejam sempre atentas ao comportamento dos jovens. Cabe à escola, periodicamente, realizar avaliações psicológicas entre seus alunos a fim de identificar jovens que em situações difíceis para oferecê-los um tratamento psicológico mais efetivo. Além disso, para fortalecer a autoestima, a escola também deve fomentar atividades esportivas e artísticas que valorizem as qualidades de cada aluno. Por fim, cabe à família ficar atenta às mudanças de comportamento de seus filhos por meio do diálogo constante, além monitorar seu ciclo de amizade a fim de estreitar laços e oferecer conselhos de esperança para as situações mais complicadas. Talvez, assim, o Brasil possa evitar que outros Stefans Zweigs tenham o mesmo destino.