Enviada em: 25/10/2017

Muito se tem discutido acerca de maneiras para prevenir o suicídio entre os jovens no Brasil. Este, por sua vez, não pode ser considerado inexistente, visto que a taxa de suicídios entre os jovens é crescente. Convém ponderar que existem doenças psicológicas e traumas que aumentam o risco de pensamentos suicidas. Em síntese, tal problemática é um tabu de caráter retrógrado a ser combatido pela sociedade, para que a inclusão social seja aprimorada.     Durante muitos séculos no Brasil, o suicídio foi considerado um grande “pecado” por questões religiosas, morais e culturais. Por esta razão, ainda há o medo e a vergonha de falar abertamente sobre esse importante problema de saúde pública. No entanto, ao não divulgar informações a respeito dessa mazela, os indivíduos que sentem qualquer tipo de angústia e possuem pensamentos suicidas, ficam à margem da sociedade. Vale ressaltar que este ato impulsivo é intensificado pela exclusão social e pela discriminação. Portanto, cabe aos cidadãos procurarem orientações para que a ignorância a respeito desse assunto seja reduzida.    Transtornos mentais e psicóticos, dependência química e depressão, são doenças que levam, na maioria das vezes, à uma atitude fatal. Em contrapartida, campanhas como a do “Setembro Amarelo”, onde mais pessoas buscam ajuda, tem colaborado para diminuir o índice de suicídios. Nesse sentido, de acordo com o filósofo Émile Durkheim, para conquistar a harmonia social, a coletividade deve se sobrepor ao individualismo, ou seja, é fundamental que a preocupação e a empatia pelo próximo seja colocada em evidência, para que assim auxilie a população necessitada.     O suicídio não pode ser um estigma na sociedade contemporânea, e sim um tema a ser debatido. Nesse contexto, segundo o educador Paulo Freire, a educação é o principal fator que leva à transformação. Logo, cabe às mídias, através da publicidade, abordarem esse assunto de forma adequada, por meio da divulgação dos lugares de ajuda, além de outras informações a respeito do mesmo. Ademais, é essencial que haja palestras em escolas realizadas por psicólogos e profissionais de saúde, subsidiadas pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de aliviar o sofrimento e a tensão que os pensamentos suicidas trazem. Outrossim, é papel da família dificultar o acesso a meios letais e colocar redes de proteção em suas moradias. Dessa maneira, será viável combater tal problemática no Brasil.