Enviada em: 30/10/2017

Na obra literária "Crise Suicída", o autor Neury Jose Botega, diz que o suicídio é a pior de todas as tragedias humanas, pois representa a culminância de um sofrimento insuportável para o indivíduo. Hoje, os jovens passam a morte como uma forma de escape para o sofrimento vivido, objetivando a libertação de tal dor, porém tal situação pode ser agravada concomitantemente a outras patologias como os transtornos de conduta e a depressão. Neste sentido, percebe-se que esse problema de saúde pública vem se alastrando, no Brasil, a taxa de suicídio entre os jovens faz-se crescente, evidenciando a urgência de alteração deste cenário preocupante.   Em primeiro lugar, muitos casos de suicídio estão elencados a quadros de depressão. Sabe se que a depressão é um estado em que os níveis de neurotransmissores encontram -se demasiadamente baixos, levando a baixa autoestima e desestimulação, que geram tristeza, insegurança, medo e incapacidade frente as adversidades. Entre os fatores sociais que induzem os jovens a desencadear a doença, podemos citar o bullying nas escolas como forma de agressão física e verbal, o preconceito e as intolerâncias. Em virtude disso, quando essas pessoas não possuem um apoio, seja familiar, psicológico ou até mesmo uma amizade, torna-se ainda mais suscetível ao ato suicida como forma de escapar da opressão, pois são incompreendidas no meio em que estão inseridas.   Outro fator alarmante é a falta de atenção familiar. Muitos jovens queixam-se da falta de diálogos com os pais, ou então quando conseguem conversar têm suas frustrações tratadas como exageros, o que acaba trazendo sensação de desamparo e indiferença, pois não ouvidos. Nesse momento, diversas situações podem surgir como forma de buscar apoio, e uma delas foi a grande adesão que diversos usuários tiveram ao jogo da "Baleia Azul", em que um "curador" propõe cinquenta desafios, entre eles automutilação e como ultima etapa tirar a própria vida. Diante disso, vê-se o quanto é necessário o acompanhamento familiar, tanto nas atividades básicas como jogar e até as mais afetivas como o dialogo em família como prevenção ao suicídio.  É importante salientar, portanto, que o suicídio se tornou um problema de saúde pública. Sendo necessária a intervenção principal da Organização Mundial da Saúde juntamente com o Ministério da Educação, oferecendo atendimento psicológico aos alunos, bem como orientação aos profissionais educadores na identificação de comportamentos depressivos. Além disso, torna se extremamente imprescindível a atenção dos pais para com seus filhos, exercendo muito dialogo e reforçamento da personalidade  durante a adolescência. A atuação da mídia, pode ser realizada com campanhas de valorização à vida e incentivo à busca de ajuda. Dessa forma, podemos esperar por uma diminuição nas taxas de suicídio e na construção de uma sociedade mais fortalecida para a vida.