Enviada em: 28/10/2017

A punição chegou para os agredidos       Como comprovação de que o suicídio é uma deficiência entre as populações,pode-se retomar ao antigo império romano,onde já era dito:"em todas as misérias dessa vida terrena,poder abranger nossa própria morte é o melhor presente divino",o que se afirma que a auto-execução é tratada como uma atitude natural.Antes de Camus,filósofo que reconhecia o ato como um real problema,muitos outros se apoiaram sobre essa discussão,desde Nietzsche ao Durkheim.A vontade de retirada da vida envolve deficits exclusivamente sociais a partir da falta de observação familiar até a impunidade aos supostos agressores.      A maneira como uma criança ou adolescente é observado pode mudar todo um roteiro de vida,envolvendo suas escolhas e suas possíveis consequências,logo,a carência do monitoramento é quase que,por si só,responsável pelo preço a se pagar por cada atitude do indivíduo.O principal lugar onde tem mais interação entre pessoas de mesma idade é a escola,e com os atuais problemas de convívio escolar,fica claro a má organização dos institutos.A dificuldade de reparar que um aluno,principalmente adolescente,está com problemas é muito grande,visto que é um alvo mais facilmente atingido psicologicamente por pressões entre colegas e cobrança entre os pais.De fato,o vilão mais persistente nesses ambientes é o bullying,a prática mais perigosa e dolorosa do cotidiano dessa geração.       Brincadeiras de mau gosto,exposição na internet,xingamentos e atitudes violentas são consideradas como ações naturais da juventude do século XXI e,por ser normal,nada é feito a respeito.É por isso que se passa despercebido e fica o questionamento:"O que aconteceu que não vimos?" quando alguém resolve cometer suicídio pensando que,aí sim,teria justificativa para não notarem o que ocorria,porque de fato não ocorreria mais nada a ser reparado.Nunca mais.Além de ser válvula de escape para quem se vê encurralado num quarto com a doença de estragar a vida alheia,acontece que vira notícia pelos corredores por um mês ou até um ano,mas depois é esquecido ou é tratado como ocorrência momentânea.      A inserção de medidas drásticas são cruciais na solução dessa problemática partindo de iniciações de escolas,colocando palestras sobre o assunto,contratando psicólogos para detectar com mais precisão e ajudar a evitar tal ato.É indubitável a punição certeira para agressores psicológicos e físicos contra indivíduos mais afetados,de modo que seja tão eficiente que nunca mais torne a repetir o erro.A ressalva no ponto de que os pais são figuras que também têm a obrigação de observação e não só a escola.