Enviada em: 28/10/2017

Na sociedade brasileira contemporânea, o suicídio apresenta-se como uma grave questão de saúde pública com grande incidência entre os jovens, principalmente. No entanto, observa-se que o referido tema ainda é tratado como um tabu, não obtendo a atenção merecida. Há ainda muito a avançar em atitudes que identifiquem problemas psicológicos e que previnam que jovens tirem suas vidas.   É inegável que a contemporaneidade trouxe para o mundo jovem uma frenética rotina na qual se desenvolvem intensas relações interpessoais, seja na escola, na universidade ou no trabalho. Fato é que esse dinamismo trouxe consigo um conjunto de patologias psicológicas que propiciam um aumento no número de casos de suicídio. De fato, dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde alertam para um aumento no número de casos de suicídio cometidos por jovens de 15 a 29 anos ao longo dos últimos aos.   Ademais, observa-se ainda que a taxa de suicídios da população de 15 a 29 anos é maior que a de outras faixas etárias, o que pode ser visto estatisticamente de acordo com a publicação "Os Jovens do Brasil". Portanto, observa-se a necessidade de um maior cuidado para com a população jovem, principalmente nos locais onde os mesmos passam grande parte de seu tempo, a exemplo da escola e em casa.    Assim, a observação comportamental constitui uma prática essencial para a detecção de problemas e anomalias de ordem psicológica que podem levar à prática do suicídio. É fundamental que haja em escolas e em universidades uma atenção especial, uma vez que, na sociedade moderna, a pressão social pelo sucesso se faz muito presente no cotidiano de um jovem, de maneira que o mesmo pode se sentir sobrecarregado. Além disso, outros fatores como histórico familiar, uso de drogas, depressão e bullying devem ser levados em consideração e observados no cotidiano.   Portanto, são necessários mecanismos que ofereçam suporte ao jovem em suas atividades cotidianas, principalmente na esfera familiar e acadêmica. Isso pode ser feito com o oferecimento de palestras em locais públicos para a conscientização acerca do problema do suicídio, bem como gerar uma instrução aos pais para identificar alterações comportamentais e como agir nesses casos. Além disso, o Poder Público e o Ministério da Educação podem implementar em escolas e universidades equipes de psicólogos treinados para dar suporte e acompanhamento à jovens estudantes, uma vez que boa parte da vida social dos mesmos é desenvolvida nesses ambientes. Com essas atitudes, haverá um caminho construtivo para lidar com o problema e proporcionar à juventude um período rico em oportunidades e descobertas.