Enviada em: 31/10/2017

Inimigo Invisível       Um problema crescente no cenário brasilerio, o suicídio, se espalha como um vírus, invisível aos olhos e a percepção da sociedade. Na espectativa de revelar este inimigo, o Ministério da Saúde constatou um crescimento quase 10% em 12 anos na taxa de suicídios de jovens no Brasil. No entanto é necessário mais que dados estatísticos para colocar esse assunto em evidência.       Em primeiro plano, é necessário que o estado e a sociedade deem a devida relevância ao tema. O elevado número de homicídos, gerado pela violência, comparado aos de suicídio de jovens ofusca a problemática, como resultado, o estado, a mídia e a população não prestam a merecida atenção. Assim, não é fomentada a busca por soluções de modo a perpetuar o crescimento do suicídio sem que alguém perceba.       De outra parte, quando o assunto é suicídio de jovens existe um tabu a ser quebrado, nesse sentido, é imprescindível um diálogo aberto. Tal discução é dificultada, pois os meios de informação evitam falar sobre o assunto, fruto de uma conduta ética dos profissionais de jornalismo que os orienta à evitar-lo. Nesse contexto, onde ninguém fala, ninguém sabe também, de modo que a falta de discussão impossibilita gerar e difundir conhecimento sobre a problemática e, por consequência, as pessoas não sabem como identificar e lidar com ela.       É, portanto, ímpar que o suicídio saia do escuro para  que seja evitado. Cabe, então, ao estado e a mídia, por meio de eventos  de conscientização, mostrar que o suicídio existe, é comum e pode ser contido. Já, aos meios de comunicação, compete a promoção de debates e discuções amplas sobre o assunto com a participação pessoas com conhecimento e experiência nele. Essas duas medidas em conjunto vão gerar e difundir conhecimentos e soluções de modo à previnir o suicídio e o tabu em torno dele. A partir dessas providências, talvez, esse inimigo possa ficar visível à sociedade brasileira.