Na obra literária alemã "Os sofrimentos do jovem Werther", publicada no século XVIII, há a sugestão de que o suicídio serve como uma espécie de libertação da depressão. Tal obra levou a um surto de suicídios por toda a Europa. Quase dois séculos depois, no contexto da Crise de 1929, devido à quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, ocorreu uma nova agravação dos casos de suicídio devido a falência de milhares de indivíduos, desemprego e incertezas sobre o futuro. Infere-se, portanto, que o suicídio é um problema de saúde pública que se alastra por séculos e hoje, caracteriza-se como uma epidemia que assola o Brasil, especialmente no que diz respeito aos jovens. A princípio, é necessário entender que, geralmente, o autocídio se dá por diversos fatores, tais como: depressão e ansiedade; que surge ou se agrava devido a problemas de baixa autoestima, bullying, conflitos familiares, abusos sexuais, drogas etc. Além disso, hodiernamente, verifica-se que, problemas sociais como o desemprego também contribuem para a piora dessa situação. Outrossim, a falta de diálogos sobre doenças mentais e suicídio revela-se como outro fator responsável pelo aumento do número de jovens que tiram suas próprias vidas. Segundo Robert Paris, presidente da CVV (Centro de Valorização da Vida), cerca de 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados se houvesse a devida atenção e discussão acerca deste problema. Desse modo, torna-se evidente a necessidade da adoção de medidas para atenuar esse cenário. Sendo assim, o Ministério da Educação deve investir na capacitação dos profissionais da educação, para que estes possam identificar possíveis fatores sociais e doenças psíquicas que ocasionem em casos de autocídio, e, quando houver a necessidade, encaminhar jovens que apresentarem tendências suicidas para profissionais mais experientes, como psiquiatras, a fim de promover o tratamento de doenças da alma. Ademais, seria interessante que houvesse uma parceria entre o CVV e o Ministério da Educação, com a finalidade de promover palestras e debater sobre doenças psíquicas informando os jovens e mostrando-os que eles possuem outra saída, que não seja o suicídio. E, só assim, poder-se-á haver a diminuição das taxas de suicídio entre jovens no país.