Enviada em: 02/11/2017

Um grito silencioso de socorro       Pensar em questões como o suicídio na sociedade brasileira é, certamente, muito importante. No entanto, a complexa busca por soluções e a banalização do tema não contribuem para que ocorram os tão desejados avanços. A sociedade se sente exausta, e vencer esse sentimento é preciso. Para isso, é imprescindível discutir e analisar dois aspectos fundamentais: fatores sociais, e a ausência de apoio familiar na vida do indivíduo.       É evidente que fatores sociais sejam as principais causas do problema. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o suicídio ocorre quando o indivíduo se encontra em um estado de extrema tristeza. Esta, é gerada pela exclusão do indivíduo da sociedade, como por exemplo na prática do bullying, ou a não aceitação de uma opção sexual por parte da família. Para Durkheim, essa exclusão acarretaria em sentimentos de não pertencimento à sociedade e indiferença no mundo, o que causaria um questionamento da pessoa sobre existir ou não. Tendo como base sua teoria dos fatos sociais, o sociólogo nos traz uma visão diferente do suicídio, em que a sociedade tem papel relevante na decisão de uma pessoa tirar a própria vida.       Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. A banalização do suicídio, principalmente pela família, é cada vez mais frequente na contemporaneidade. Essa banalização, segundo médicos da fundação Oswaldo Cruz, só contribui para o avanço do distúrbio, na medida em que tenta resolver o problema de forma superficial, ao invés de levar a pessoa a um especialista. Tendo isso em vista, é importante que a família não majore o sofrimento do ente e encare o suicídio como uma doença curável.       Fica clara, portanto, a necessidade de medidas para resolver o impasse. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do Governo Federal, junto às Prefeituras, em relação a disseminação de informações - nas mídias sociais, rádio, TV, etc - sobre esse mal, deixando claro a gravidade do problema. Além disso, a família deve ser alertada por veículos comunicativos de sua fundamental importância na reversão dessa situação, sendo orientada por psicólogos a como agir quando sinais de possíveis tentativas de suicídio surgirem. Unindo esses dois agentes, podemos atenuar o sofrimento dos indivíduos e reduzir as taxas de suicídio no Brasil.