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Enviada em: 14/03/2018

Em 2017, a Netflix produziu a série "13 Reasons Why", que tornou-se demasiadamente popular - tanto no Brasil quanto no mundo - por abordar a problemática do suicídio, enfatizando o impacto desse problema na vida de jovens e na contemporaneidade. Diante disso, percebe-se o reflexo do tema retratado da série americana na sociedade brasileira, tendo como potencializadores dessa mazela a apatia governamental e social.         Segundo os estudos do sociólogo Emile Durkheim, em sociedades modernas é possível observar um fenômeno denominado de suicídio anômico que ocorre quando há um desregramento social devido ao qual as normas estão ausentes ou perderam o sentido. Acerca disso, nota-se como exemplo o suicídio em massa de várias famílias após a quebra da Bolsa de Valores em 1924. Dessa forma, percebe-se ainda na atualidade a forma na qual a perca de um padrão social e econômico causa impacto pessoais drásticos na vida dos indivíduos levando-os ao autocídio.        Outrossim, o suicídio silenciado como um tabu nos ambientes públicos em razão do estigma criado no só com as patologias psicológicas, como também com a denominação do pecado religioso que domina a sociedade brasileira, esta que foi doutrinado pelo catolicismo desde o período colonial. Assim, através dessa alusão, muitas pessoas culpam aqueles que apresentam tendências suicidas ao invés de entendê-los e ajudá-los. Desse modo, mesmo com a existência de campanhas como Setembro Amarelo, o qual visa a prevenção ao suicídio, faz-se necessário mais foco e diálogo para precaver os casos e garantir o bem-estar social assegurado na Constituição Federal atual.        Dado isso, cabe ao Ministério da Saúde elaborar projetos educativos em que através de debates e palestras, sociólogos, psicólogos e psiquiatras discutam sobre o quão a vida financeira e a sociedade corroboram para o agravamento do psicológico de pessoas que já possuem doenças psicológicas ou tendências afim de desconstruir essa lógica padronizado como, ademais, esse órgão deve, em parceria com a Mídia, ampliar a divulgação de mecanismos de prevenção ao suicídio como o CVV (Centro de Valorização à Vida). Paralelamente, o Ministério da Educação, deve abrir seminários e palestras em escola desde o ensino fundamental ao médio para garantir informação e quebrar tabus em torno de jovens e adolescentes sobre a temática. Por fim, juntamente com Associação Brasileira de Psicologia, criar campanhas informativas que visam mitigar a polêmica do autocídio e orientar a população. Com isso, o tema da série americana passa a não ser mais uma realidade no Brasil.