Enviada em: 11/03/2019

Violência e esporte não combinam       Durante a Idade Média, cenas de brutalidade e violência eram enaltecidas em grandes estádios, como o Coliseu. No qual, Gladiadores e animais se enfrentavam com agressividade e, muitas vezes, fatalidade, a fim de promover entretenimento para a população. Apesar do lapso espacial e  temporal que há entre a Idade Média e a Contemporaneidade brasileira, é possível perceber que ainda existe uma afeição a selvageria por parte dos torcedores e atletas no cenário do esporte nacional. Diante disso, é válido entender o que causa tamanha violência no contexto do esporte brasileiro e suas consequências para a população.       Antes de tudo, é possível perceber, que toda brutalidade presente em centros esportivos é fruto de uma sociedade violenta, fanática e com sentimentos de soberania. Isso acontece , porque o torcedor acredita que o seu time é o melhor e que deve defendê-lo a todo custo, mesmo que seja preciso usar a violência. Dessa forma, dentro dos centros esportivos se estabelece, como tratado com Durkheim, um estado de anomia social, no qual, as regras não são levadas em consideração e cada um faz o que deseja, promovendo o caos social.       Como consequência disso, nota-se o crescente aumento do número de mortes de indivídos inocentes. Isso porque no meio de tanta confusão não é possível identificar um culpado  e todos os presentes  acabam sendo agredidos tragicamente, podendo chegar até mesmo a morte. Como prova disso, os números oficiais tabulados pelo professor e sociólogo Maurício Murad, que atestam o Brasil como país com mais mortes comprovadamente motivadas por rivalidade em campos de futebol.       Fica claro, portanto, que a violência presente nos campos esportivos é reflexo da sociedade e promove graves consquências. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Segurança Pública promova pequenas paletras no início de campeonatos esportivos, com profissionais capacitados, a fim de conscientizar a população sobre as consequências de brigas de torcidas, na tentativa de diminuir a violência nos estádios. Aliado a isso, é importante a  atuação mais frequente da polícia militar e civil nos campeanatos, a partir de profissionais que foram treinados para atuar em tumultos esportivos, reduzindo, assim, os números de feridos nas brigas. Afinal, como afirmado pelo escritor James Joyce: "Questões resolvidas com violência nunca ficam resolvidades".