Enviada em: 09/03/2019

A violência sofrida no esporte, principalmente entre torcedores, tem aumentado anualmente. Esta ocasionada pelas rixas pode resultar em mortos e feridos. Segundo o portal de notícias El País, em 2017, ocorreram 104 episódios violentos relacionados ao futebol que levaram 11 pessoas à óbito. Dentre as causas da violência desses torcedores fanáticos, está a falta de segurança pública.    As brigas entre torcidas organizadas têm ganhado espaço, uma vez que os seguranças, além de poucos, não são preparados devidamente ou não têm condições de trabalho para lidar com estas. Logo, ao invés dessas autoridades esperarem até que um conflito ocorra, seria mais eficaz tomar medidas preventivas. Por exemplo, nos anos 90, na Inglaterra, a torcida organizada do Liverpool, os Hooligans, costumava desrespeitar a ordem dentro e fora dos campos; o governo britânico, primeiramente, tomou medidas de repressão policial, o que obteve sucesso apenas em um dado momento. Esse fracasso fez com que as autoridades optassem por instalar nos estádios um sistema de vigilância para retirar os torcedores arruaceiros e criassem uma lei para proibi-los de assistir aos jogos. Visto o exemplo britânico, os clubes brasileiros, além de seguranças, deviam dispor de uma medida de segurança prévia, a qual anteciparia o início das brigas.    Dessa forma, é visto que enquanto o problema da proteção não for solucionado, continuarão existindo mortes, geradas pelos empurrões e agressões das brigas. Estas sendo evidenciadas pelo caso de um menino de 14 anos que morreu por uma bala perdida, disparada durante uma rixa entre duas torcidas organizadas, em 2014. Essas consequências (choques e falecimentos) fazem com que o esporte deixe de ser um entretenimento, ou seja, deixe de ser algo que divirta e uma a população, e se torne uma nova desculpa para usar a violência como medição de superioridade. É dessa maneira, que a mesma se enraíza cada vez mais no país, unindo a ocorrência de episódios violentos com o descaso das autoridades do esporte, que não tomam medidas para extingui-la.     Por fim, os times deveriam reformar seus estádios, a fim de aumentar a segurança, por meio da adoção de um sistema inteligente de vigilância, capaz de monitorar os torcedores que já se envolveram em conflitos por causa de torcida organizada, com também, impedir que estes participem dos próximos jogos da seleção. E ainda, a Conmebol, deveria criar uma regra que puna os times, cujos torcedores se envolveram em rivalidades, de modo a descontar pontos destes ou desclassificá-los da temporada. Essas medidas teriam como objetivos amedrontar o indivíduo para que não gerasse problemas para o time pertencente.