Enviada em: 25/04/2019

A violência no esporte brasileiro tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o jornal El País, em 2017, foram registrados 104 episódios violentos relacionados ao futebol no país. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e pela falta de competência do poder público no combate de atos violentos.    A priori, é importante ressaltar que a violência está presente em diversos campos da sociedade. Um processo que começou com o descobrimento do Brasil, em 1500, o qual  Pero Vaz de Caminha, na sua carta, enraíza a ideia de que os nativos são povos violentos. Sob esse viés, nota-se que a violência foi normalizada  no país. De fato, tal atitude se relaciona ao conceito de banalidade do mal, trazido pela socióloga Hannah Arendt: quando uma atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada. Um exemplo disso, é o assassinato de um torcedor do botafogo com um espeto de churrasco por flamenguistas perto do estádio Engenhão, ocorrido em fevereiro de 2017.    Ademais, a falta de suporte da segurança pública é fator preponderante no aumento de violência no esporte brasileiro. Isso ocorre porque é caótico, na contemporaneidade, os órgãos de segurança pública, por falta de politicas eficientes no combate dessas malezas sociais como de equipamentos para coibirem essas violências, devido aos diversos casos de corrupções e desvio de dinheiro envolvendo esse corpo social. Tendo como exemplo disso, a fala do sociólogo Maurício Murad, o qual afirma que há falta de atitudes concretas do poder público para conter o problema.     Destarte, para que os índices de violência no esporte brasileiro sejam minimizados, é preciso que o Governo Federal em parceria com as Secretárias de Segurança Pública, promova a disponibilização de mais profissionais que atuem na área de segurança bem como modernização desse órgão, por meio de liberação de verbas, a fim de haver mais policiamento dentro e fora dos estádios, com o fito, de coibir atos violentos.