Enviada em: 01/05/2019

Desde a idade média, atos de violência eram vinculados às manifestações de imposição de poder. Diante disso, os jogos dos gladiadores no coliseu  eram símbolo de luta e brutalidade que inspirava a sociedade daquela época. No entanto, mesmo com a declaração universal dos direitos humanos, tal prática violenta ainda assola o esporte nos estádios no Brasil.     Primeiramente, vale ressaltar, a mídia por meio de propagandas é um grande causador da violência no esporte, gerando o espírito de "jogo é guerra". O Brasil é recordista de mortes por causa do futebol, e para o pesquisador Mauricio Murad, as mortes no futebol são consequência da infiltração de facções do crime organizado nas principais torcidas uniformizadas do Brasil. Segundo o UOL, apenas 3% dos casos de violência no futebol nos últimos anos, o autor foi punido até às últimas consequências.       Dessa forma, a impunidade leva a altos índices de violência, conforme mostra o portal do globo, que afirma que em 2017 foram registrados 104 episódios violentos relacionado ao futebol. Convém lembrar, que cerca de 70% dos torcedores que deixam de ir ao estádio alegam como principal razão a violência. Segundo o filósofo Bauman, "os tempos são líquidos", essa liquidez provoca a superficialidade das relações do ser humano com os outros, o que acarreta em uma sociedade sem amor ao próximo.    Convém, portanto, que primordialmente, cabe ao Ministério da Segurança Pública, por meio de dotações orçamentárias, investir em instalação de equipamentos de monitoramento, como câmeras e sistemas tecnológicos capazes de monitorar o torcedor antes e depois da partida. Além disso, o Ministério da Educação junto com as secretárias municipais e estaduais deve criar a disciplina "educação esportiva" na grade curricular do ensino fundamental, a fim de educar desde cedo as crianças para respeitar as diferenças no esporte. E por fim, a OAB (Ordem dos advogados do Brasil) deve disponibilizar mais advogados para acelerar julgamentos de casos de violência no esportes, para que se tenha cultura da punição no Brasil.