Enviada em: 23/08/2019

Com a ascensão da internet no século XXI, as informações tornaram-se cada vez mais acessíveis. Nesse viés, surge a cibercondria: hipocondria da era digital. Isto ocorre devido a democratização dos meios informacionais, pois as pessoas estão utilizando a internet de forma errônea, consultando para obtenção de diagnóstico sem prescrição médica.         Em primeira análise, é válido ressaltar que a grande quantidade de falácias disponíveis no âmbito digital, é um potencializador da cibercondria. Ademais, em 2015, um grupo de antivacina, publicou uma corrente nas redes sociais que as vacinas dadas para mulheres grávidas acarreta microcefalia em recém-nascido. Paralelo a isso, diversas mulheres grávidas deixaram de se vacinar por uma informação inverídica.       Concomitantemente, é notória a falha estatal no âmbito hospitalar. Visto que, 97% dos brasileiros praticam automedicação, de acordo com o Instituto de pós graduação para profissionais farmacêuticos, pois como há um déficit no SUS, a população deposita sua confiança no ambiente cibernético, em vez dos profissionais da área, por falta de acesso, sem reconhecer os perigos a saúde dessa prática. Uma vez que, várias enfermidades possuem sintomas análogos, sendo imprescindível uma avaliação médica para diagnóstico.         Mediante aos fatos mencionados, evidencia- se que embora a tecnologia seja responsável por avanços tecnológicos na sociedade, ela trouxe consigo um fenômeno prejudicial para a saúdes dos brasileiros. Dessa forma, é mister que o Governo Federal, designe mais verbas para o SUS, por meio de subsídios governamentais, a fim de oferecer um sistema de saúde qualificado e preparado para recepção da população, para que esta encontre apoio e informações necessárias com profissionais especializados, em vez de buscar nos meios digitais. Assim, se a população tiver acesso à fontes confiáveis, de forma rápida e democrática, a sociedade não precisará fazer seu autodiagnóstico.