A hipocondria se caracteriza pelo medo irracional da morte e pela crença de possuir doenças de alto risco, se baseando apenas em pesquisas pessoais e artigos de internet. A era digital se caracteriza pelo fácil acesso a informação, o que pode ocasionar riscos, quando esta é atribuída como verdade absoluta. De maneira análoga à revolta da vacina no início do século XX, fortemente baseada em especulações, o corpo social atual faz sua própria revolta, conhecida como cibercondria ou ''Dr. Google''. Em primeiro lugar, é importante destacar que, a má fiscalização de medicamentos, favorece o fácil acesso. Além disso, outros fatores contribuem para o aumento da automedicação, a exemplo da má qualidade de vida da maioria da população. A agitação da vida urbana favorece o aumento de cardiopatias e problemas respiratórios que decorrem da poluição do ar. No entanto, as pessoas tem a liberdade de buscarem informação para melhor acompanhar tratamentos e conhecer seu próprio corpo. O problema se cria quando essa busca se torna obsessiva, acarretando comportamentos irresponsáveis que prejudicam a saúde do indivíduo e não condizem com orientações médicas Sendo assim, cabe a ressalva da necessidade do Estado intervir para amenizar tal quadro. Para tal, urge que o Ministério da Saúde intensifique campanhas nas mídias sociais que detalhem os riscos da cibercondria, orientando os indivíduos a sempre que necessário buscarem ajuda médica profissional para obterem orientação de maneira correta. Além de intensificar a fiscalização em pontos de distribuição de medicamentos e drogarias, afim de criar um acesso mais seguro aos fármacos. Para que assim, a sociedade consiga o pleno direito à saúde e o ''Dr. Google'' aposente seu jaleco.