Enviada em: 16/07/2019

De acordo com o sociólogo Max Weber, a industrialização foi alcançada ao passo que o capitalismo almejava por decisões práticas, com a análise do custo-benefício. Sob esse viés, de fato, o ambiente capitalista exige do agente social decisões rápidas e benéficas, e nessa perspectiva, a internet recebe o papel de protagonista, uma vez que a demanda pelo "Dr. Google" para consultas médicas torna-se alarmante, visando economizar tempo e dinheiro. Desse modo, pode-se citar que são gatilhos para a prática, o precário sistema de saúde e o estado de alienação tecnológica.   No tocante ao precário sistema de saúde, na Carta Magna de 1988, é redigido que é dever do Estado e direito de todos o acesso a cuidados médicos, e o SUS é o meio pelo qual tal direito se concretiza. Entretanto, ainda que seja uma garantia por lei, o cidadão brasílico enfrenta dificuldades ao acesso a tal, haja vista que os hospitais públicos apresenta imbróglios: falta de médicos, falta de medicamentos, longas filas de espera, etc. Sendo assim, como a comunidade não encontra segurança na assistência médica ordenada pelo governo, procuram na internet por informações de acordo com seus sintomas, e por efeito, o "Dr. Google" entra em ação.   Ademais, na sociedade hodierna o problema da alienação tecnológica corrobora o impasse. No século XVIII, ocorreu a Revolução Industrial, com o advento dos aparatos tecnológicos, que delineavam a praticidade no dia-a-dia. No entanto, essa praticidade nem sempre é conveniente quando direcionada a saúde, visto que o uso da internet para a automedicação é uma realidade perigosa. Segundo pesquisas, 40,9% dos brasileiros usam a internet para consultar sintomas de doenças e se automedicar. Diante disso, ao passo que o mundo modernizou-se a população tornou-se dependente da tecnologia, e sua capacidade de reflexão diante dela, afetada, dado que confiam no "Dr. Google".   Em retrospectiva ao exposto, com o fito de solucionar a cibercondria, urge a necessidade de atuação do Estado e da escola. O Estado, em parceria com o Ministério da Saúde, deve elaborar um plano para regularizar o SUS, por meio de financiamentos de medicamentos, aparatos médicos e da contratação de médicos, tudo através dos Governos Estaduais e Municipais. Ademais, em contato com a mídia, deve veicular propagandas  sobre os riscos do "Dr. Google", e deve incentivar a sociedade a procurar os hospitais, e também deve reportar sobre os avanços na saúde do país, desejando reestabelecer a confiança da população.