Enviada em: 17/07/2019

O Google não pode ser médico. A Revolução Industrial proporcionou um fácil acesso para todas as pessoas que buscam ter suas perguntas respondidas rapidamente, inclusive perguntas sobre a sua saúde. A internet está funcionando como um médico no qual não é preciso ter um agendamento, e isso está levando a um sério problema de saúde, pois as pessoas se automedicam com base nas pesquisas que fizeram sem base profissional. Em primeira análise, a não obrigatoriedade da prescrição médica para a compra de remédios permite que os indivíduos não tenham problemas em conseguir o medicamento. Uma pesquisa do ICTQ (instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico) mostra que 79% dos brasileiros com mais de 16 anos se automedicam, uma margem alta na qual também inclui adolescentes e o perigo da automedicação é maior. Em segunda análise, a pesquisa sobre os sintomas no Google e o pensamento de que se tem uma doença por meio do site é uma ameaça para a saúde da pessoa, pois corre o risco de não estar certa e ainda da doença ser tratada de uma forma que se pode agravar o problema. Para tratar do ser humano é necessário ser um, já que a inteligência artificial é um algoritmo que não é capaz de entender nem de visualizar o que a pessoa está sentindo. Por isso, medidas são necessárias para resolver o impasse. Na Constituição de 1988 diz que é dever do Estado assegurar a saúde aos cidadãos, logo o Ministério da Saúde deve propor a obrigatoriedade da prescrição médica com o fito de não ter riscos de uma automedicação. Além disso, o Estado deve obrigar todos os sites que falem sobre doenças colocar no início que se deve ir ao médico antes de começar qualquer medicação para que as pessoas consultem um profissional antes de tomar os remédios e assim, não terem perigo de tomá-los inadequadamente.