Enviada em: 31/07/2019

Segundo os princípios do sociólogo alemão Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a razão comunicativa. Em virtude disso, é possível mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento da sociedade, porém utilizar de forma errônea pode ser prejudicial. Por uma parte, é possível observar a tendência ao descrédito da profissão médica em alguns pacientes ''que já sabem o que têm'' ou ''o que têm que tomar'', o que favorece a automedicação e o ajuste arriscado das doses. Por outro lado, algumas pessoas, por sua tendência emotiva à ansiedade, ao se informarem sobre o medicamento que lhe prescreveram, podem perceber seletivamente a informação, fixando-se em seus aspectos mais ameaçadores e aumentando seu temor. Existem ferramentas da Internet que facilitam a vida das pessoas, como a busca por informações sem sair de casa, e uma delas é resolver os problemas de saúde, isso pode gerar uma série de problemas, a qual a cibercondria leva a pessoa a tomar remédios sem a real necessidade e prescrição médica, levando-a automedicação e consequentemente poderá tornar um vício. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico, a cada 10 pessoas, 8 tomam remédio por conta própria; isso é resultado do paciente não ir ao médico e tira sua própria conclusão sobre as soluções de doenças na internet, mas com um simples sintoma leva a várias doenças, muitos de maneira equivocada tomam um remédio que pode agravar a doença ao invés de solucionar. Conclui-se, portanto, que a cibercondria é um mal a sociedade, que leva os indivíduos à automedicar e transforma-la viciada. Cabe ao Governo Federal, conjunto com o Sistema Único de Saúde (SUS), promover campanhas escolares, com profissionais altamente capacitados, a fim de mitigar o impasse sob a hipocondria digital.