Enviada em: 04/05/2017

O aumento das tensões internacionais retomam um grande medo que muitos acreditavam terem deixado no fim da guerra fria; a ameaça atômica com a consciência de que o processo que ela desencadeia é irreversível, e no quadro global, quase inevitável.    O medo se fundamenta numa ideia muito básica: como nunca houve um conflito militar estritamente atômico não há previsões concretas e, logo, não há saída ou plano b, o que coloca uma sociedade moldada na busca por soluções a espera do acaso num  de "jogo de cintura".   Em ressalva, a energia nuclear, diretamente ligada á produção de bombas, não pode ser excluída do uso cotidiano em países como o Japão, onde a falta de recursos naturais e pequena dimensão territorial a faz uma matriz energética muito viável.     Não há uma resolução pragmática para o medo ou aflição causados por uma possível guerra de potencial nuclear, seja pela simples subjeção do que em teoria seria erradicar o medo, seja pela impossibilidade no mundo atual de abrir mão da fonte nuclear, o que nos cabe é a aplicação de mecanismos básicos já muito usados na área de psicologia, cujo maior enfoque é a adaptação em torno de um problema que muitas vezes não tem solução. Os mecanismos adotam uma ordem de afunilamento da situação conflituosa; qual amplamente é o fator problema, como o fator virou um conflito e finalmente como lidar com o fator, salvo os casos em que esse pode ser erradicado.