Após as Grandes Guerras e suas milhões de mortes, governos motivaram a população a aumentar suas famílias, fenômeno conhecido como "baby boom", onde observa-se um crescimento populacional depois de períodos com altas taxas de mortalidade. Assim, diante do incentivo e do desenvolvimento adquirido ao longo dos anos seguintes, com diversos avanços científicos que proporcionaram melhorias à saúde da sociedade, foi possível um grande crescimento populacional que atualmente causa diversas consequências devido a falta de estrutura urbana para acolher tantos indivíduos. Apesar de, na contemporaneidade, países desenvolvidos possuírem formas para contornar os problemas da superpopulação, é fato que o espaço é finito, isto é, em algum momento o mundo não suportará tamanha quantidade de pessoas a consumir e poluir. Além disso, os meios urbanos são os mais desejados para se viver devido sua acessibilidade e modernidade, porém, não há suporte para tanta demanda, ocasionando um desordenamento e ocupações irregulares devido a falta de controle. Ademais, é preciso ressaltar que há regiões onde a presença humana é reduzida, como nas áreas rurais ou distante de metrópoles, por exemplo, enquanto existem grandes concentrações urbanas, ou seja, a ocupação territorial é heterogênea. Embora a oferta de empregos seja mais recorrente nos meios urbanos, a área rural torna-se carente de mão de obra, e por consequência a desigualdade entre as regiões acentua-se, uma vez que o êxodo rural é mais comum que o êxodo urbano. Entretanto, é fato que não só as migrações como também as taxas de natalidade influenciam o crescimento da população, porém, a população urbana prevalece com maior aumento devido à grande probabilidade das famílias permanecerem nesse meio. Em suma, a tendência é que o número de indivíduos residentes em metrópoles aumente e, se não houver organização, os efeitos negativos podem prevalecer. Portanto, é preciso dar importância ao âmbito das ocupações irregulares a começar por maior investimento em infraestrutura para a cidade conseguir suportar grande quantidade de indivíduos. Além disso, construir residências é imprescindível para que não haja a criação de favelas em locais impróprios e propensos a acidentes. Por fim, em casos mais extremos, incentivar a homogenização da distribuição populacional no país pode ser uma grande alternativa, mas para isso é preciso melhorar a qualidade de vida nos lugares mais distantes dos grandes centros, para que assim o indivíduo possua a chance de escolher onde será o melhor lugar para instalar-se e, então, o fenômeno incentivado no fim das Grandes Guerras não seja visto como algo negativo no futuro.