Enviada em: 10/03/2019

"A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos", a célebre frase da filósofa judia Hnnah Arendt evidencia a necessidade de mudança de postura no que tange aos dilemas da ocupação urbana desordenada. Tal situação é originada devido a duas causas principais: o aumento de tecnologias  no campo e a poluição. Com isso, é urgente a necessidade de parceria entre governo e sociedade para amortização da referida problemática.      Historicamente, com as evoluções industriais por volta das décadas de 1970 e 1980,  houveram avanços tecnológicos, esses, que incidiram no campo de forma a otimizar as produções e exponenciar os lucros. Nesse contexto, a ocupação urbana desordenada, por ser um problema que está fortemente ligado ao aumento de tecnologias na área rural, encaixa-se perfeitamente no contexto anterior apresentado, haja vista houve perda de postos de trabalho decorrente da implantação de máquinas no campo. Neste cenário, consequência como o êxodo rural, isto é, a migração de pessoas do campo para a cidade foi inevitável, e ocasionou aumento populacional tumultuoso nas grandes-cidades, o qual segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) foi de 20% em 2000. Assim, desenvolver o campo é relevante para amenizar esse dilema.         A posteriori, a poluição é um importante tópico fomentador desse problema. Essa conjuntura valida-se no fato de que há relevantes índices de natalidade no Brasil os quais segundo o IBGE estão em 14,16 milhão por habitantes, decorrente disso, por não ter estrutura suficiente nas grandes cidades para tal contingente populacional forma-se favelas. Essa marginalização de indivíduos advindo da falta de estrutura urbana acarreta sérios danos ao meio ambiente, tais como deslizamentos e poluições do solo por conta das construções e condições de saneamento irregulares. Assim, medidas que visem dar melhores condições habitacionais a esses indivíduos é relevante.       Portanto, o aumento de tecnologias no campo e a poluição são importantes vetores dessa problemática. Para desconstruir esse panorama, é imperativo que o Estado junto ao Ministério da Fazenda promulgue programas que incentivem a produção dos pequenos agricultores, e para tal deve  conceder subsídios em forma de empréstimos a estes de tal forma que torne possível sua produção, a fins de reduzir os índices de êxodo rural; concomitantemente,o Ministério do Desenvolvimento Social  deve criar campanhas as quais visem construir moradia as famílias marginalizadas, e para tanto deve contratar empresas de construções com erário para esse fim, tendo o fito de reduzir o número de habitantes nas favelas e consequentemente os danos causados por estes ao meio ambiente. Pois assim, será mais fácil combater esse dilema e garantir a essência dos direitos como afirma Arendt.