Enviada em: 28/05/2017

Após a "política desenvolvimentista" durante o Governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização. Atraídas por ofertas de empregos nas industrias, milhares de pessoas migraram do campo para a cidade, tornando o Brasil um país urbano. Porém, esse fenômeno aconteceu de forma desordenada e a presenta muitas consequências, inclusive, de cunho ambiental.   A falta de planejamento para o crescimento populacional faz com que, sem possuírem lugares adequados para se alocarem, as pessoas passem a ocupar lugares inapropriados como morros, encostas, planícies fluviais e periféricas. A ocupação irregular em margens de rios e o despejo de resíduos pelos moradores, por exemplo, é uma das principais causas do assoreamento de rios, assim como o desmatamento da mata ciliar. Dessa forma, a ocupação desordenada tem consequências ambientais.   Contudo, o que se iniciou como problema ambiental se agrava como social. Via de regra, os lugares periféricos são vistos como marginalizados por não fazerem parte da visão urbana desenvolvida. São locais aos quais o Estado não dá a atenção que deveria. Assim, dificilmente se encontra saneamento básico, eletricidade, água de qualidade ou segurança contra facções e bandidos perigosos.     Portanto, visto que a ocupação desordenada acarreta diversas consequências, é necessária que o Poder Legislativo de cada estado apresente uma lei para a criação de um órgão que fiscalize áreas de preservação ou risco para certificar o Estado de que elas não estejam sendo habitadas. É preciso que o Governo Estadual, junto a parcerias com empresas privadas, retire pessoas de áreas de risco e faça mutirões de reflorestamento para a recuperação de áreas desmatadas e redução de resíduos urbanos jogados em rios. Assim como, também, é necessária o envolvimento de arquitetos, engenheiros, Governo e a própria comunidade em um projeto que vise reurbanizar as favelas e garantir moradia de qualidade para todas as pessoas que moram nessas áreas.