Enviada em: 24/07/2019

A partir do século XIX, com o advento da Revolução Industrial, o cotidiano humano foi marcado pelo uso de tecnologias. Na segunda metade do século XX, a ascensão do mundo globalizado consolidou esse uso em amplas camadas sociais. Atualmente, a presença desses aparatos durante a infância e juventude é questionada. Nesse contexto, torna-se evidente que o controle parental é necessário e somente quando moderado.  Primeiramente, vale ressaltar que a fiscalização dos responsáveis em relação aos eletrônicos dos filhos é potencialmente benéfica. Nesse sentido, deve-se considerar que as tecnologias, principalmente a internet, frequentemente portam conteúdos inadequados para crianças, como pornografia, violência exagerada e possíveis contatos com predadores online, por exemplo. Uma prova disso é a série televisiva americana “Catfish”, que exemplifica a quantidade e a facilidade que as enganações ocorrem no mundo virtual.  Entretanto, o controle parental obsessivo e exagerado é desnecessário e pode ser prejudicial. Assim, a fiscalização dos pais sem o consentimento dos filhos e em excesso é uma atividade invasiva e desrespeitosa. Além disso, essa obsessão cria um cenário de insegurança e de falta de liberdade da criança, de maneira que a sua relação com seus pais se torne de desconfiança.  Portanto, esse cenário urge ser melhorado a fim de que os pais fiscalizem respeitosamente os seus filhos. Para isso, é necessário que as Secretarias Municipais da Educação propiciem, nas escolas públicas brasileiras, discussões sobre o assunto com os alunos mais jovens, por meio de palestras extracurriculares, para eles sejam esclarecidos sobre a importância da fiscalização parental. Ademais, é necessário que esse órgão também estimule os pais e responsáveis à prezarem pela segurança de seus filhos de maneira moderada e que não os prive de liberdade, por meio de reuniões escolares com o grupo docente. Somente assim, as crianças brasileiras serão efetivamente seguras.