Enviada em: 04/06/2019

A poucos meses, foi possível observar através de investigações das redes sociais dos jovens responsáveis pelo massacre do colégio em Suzano-SP, que aquela tragédia foi friamente premeditada pelos autores, o que reforça que qualquer pessoa está sujeita a qualquer tipo de conteúdo nas redes, sobretudo as crianças. Em suma, é notório que é de extrema importância que os tutores estejam por dentro das pesquisas de seus filhos em todos os seus aparelhos tecnológicos.Tal problemática decorre tanto pela má influência que jogos de violência podem gerar, como pelo alto índice de pedófilos na web. Assim, cabe análise acerca de causas, consequências e possível solução da questão.    Em primeiro plano, é inegável dizer que os jogos de violência tem fácil acesso, como mostram as taxas, uma a cada 5 crianças já entraram em contato com essa espécie de conteúdo. Como exemplo, temos o Free Fire, aplicativo para Smartphones que facilmente se alastrou entre os jovens. O jogo online consiste em uma partida de tiros contra seus adversários, e, o ultimo sobrevivente da sala se torna o vencedor. Para uma classe que está em fase de formação de caráter como a infantil, jogos desse gênero tem enorme tendência a desfigurar o discernimento do que é certo ou errado.    Além disso, é lamentável dizer, que em meio a tantos benefícios, ainda exista na internet a presença de muitas pessoas com intenções ruins .As crianças são os principais alvos dos pedófilos, que, via de regra, se passando por outra pessoa, conseguem facilmente manipulá-las, fazendo com que atendam seus pedidos como o envio de fotos e vídeos, até que consigam atingir o seu principal objetivo, ou seja, o encontro. Entretanto, é previsto em lei que toda criança tem direito a saúde, escola, lazer e proteção, portanto, os pais ou responsáveis tem a obrigação de se inteirar a respeito de qualquer atividade praticada pelo menor, se assim for feita com o fito de protegê-lo.     Destarte, é necessário que a Secretaria Nacional dos Direitos das Crianças e do Adolescente em parceria com a Fundação Abrinq, desenvolvam através das redes sociais páginas e comunidades para pais e responsáveis, que visem alertar os riscos e demonstrar formas de intervir na exposição do infanto a entretenimentos moralmente depreciativos, evitando assim que se forme uma índole violenta e desrespeitosa. Ademais, urge que o Ministério da Educação em consonância com o Conselho Tutelar  e a Polícia Civil ministrem nas escolas, através de psicólogos, palestras para a educação infantil e ensino fundamental, que visem explicar detalhadamente para esses alunos o que é a pedofilia e em contrapartida elucidar também sobre a cultura do estupro. Dessa forma, será possível que, de fato, os tutores deem a melhor instrução para essas crianças.