Enviada em: 14/06/2019

Com o passar dos anos, a tecnologia foi melhorando cada vez mais, ao passo que foi se tornando mais necessária e, consequentemente, mais presente no cotidiano urbano. No entanto, essa presença fica excessiva quando depara-se com pais utilizando-a para distrair seus filhos pequenos e, mais para frente, utilizando essa para controlar os acessos destas crianças neste meio. Porém, neste momento o ato deles se torna invasivo.         Dessa forma, o controle parental efetuado pelos seus responsáveis se torna um monitoramento completo, chegando a ser invasivo. Assim, pais despreparados acham que estão protegendo seus filhos, como pode-se ver no episódio "Arkangel" de Black Mirror, no qual a mãe coloca um chip na cabeça de sua filha para monitorá-la, não respeitando sua privacidade. Por conseguinte, mesmo tendo um objetivo bom, acaba invadindo o espaço do outro, perdendo a confiança e conduzindo as crianças a confrontá-la efetivando o contato precoce dessas com a violência e sexualidade contidos na internet.        A partir disso, nota-se que não é necessário o controle parental, uma vez que se torna mais prejudicial do que benéfico. Dessa maneira, é mais eficaz uma maior atenção em relação da inserção da criança, evitando que seja feito precocemente, que, juntamente com o preparo para inseri-las, permite que ela tenha um julgamento. Permitindo-se, assim, que essa não seja influenciada pelos meios tecnológicos.          Contudo, é possível pensar que isto não dê certo devido a idade e, portanto, precisaria-se do controle parental. De acordo com Kant, a maioridade se dá pelo uso da razão e não por sua idade. Sendo assim, não caberia justificar por meio da idade e, além disso, valida-se a ideia de que se preparar a criança essa poderá usar sem controle, uma vez que, adiquiriria um pensamento racional capaz de julgar as coisas encontradas nos meios tecnológicos.            Tendo em mente tais fatos, percebe-se que é desnecessário o controle parental e chega a ser invasivo, portanto, é mais eficaz preparar as crianças para a inserção na tecnologia. Para isso é necessárioque o Estado conscientize sobre a boa educação familiar, por meio do aumento de campanhas sobre o tema nas mídias, como por exemplo palestras com profissionais da área e comerciais na televisão. Ademais, os pais precisam concluir tal formação familiar sugerida pelo Estado, além de evitar, devido a correria do dia a dia, usar a tecnologia de forma antecipada como um recurso, fazendo isso mediante a diálogos, para que haja uma inserção correta de seus filhos.